Pedro Alves confirma que havia entendimento com o jogador, mas regulamentos impediam a mudança
Pedro Alves, diretor-desportivo do Estoril, explicou esta quinta-feira o que aconteceu com Ferro, jogador que pertence ao Estoril e que acabou por ser emprestado ao Hajduk Split (Croácia.»
«Havia interesse total e tive autorização do Benfica para falar com o jogador e ele não queria ir para fora. Depois de um ano menos feliz no Valência, ele queria relançar a sua vida dentro de portas. Falei com o atleta, agente, chegámos a um 'entendimento'», começou por dizer, ao Canal 11.
O diretor do clube canarinho diz que foi durante as negociações com o Benfica que tudo mudou: «Depois, falámos com o Benfica. O que falhou? Não falhou nada. É mentira que houvesse acordo e muito menos que tivesse feito exames médicos no Estoril. Não se concretizou porque as razões foram evidentes.»
De acordo com os regulamentos, «na mesma época desportiva, o clube cedente não pode ceder temporariamente mais do que seis jogadores no total a outros clubes da mesma divisão, nem mais do que um jogador a cada clube da mesma divisão.»
Nessa altura, o Benfica já tinha seis jogadores emprestados a emblemas da Liga: Nuno Santos (Paços),Tiago Dantas (Tondela), Tiago Araújo (Arouca), Vukotic (Boavista), João Ferreira (Vitória SC) e Chiquinho (Sp. Braga). Curiosamente, Chiquinho acabou por ser devolvido pelos arsenalistas, mas entretanto Ferro foi cedido ao Hajduk Split, da Croácia.
«Eu tive o mesmo problema porque quis o Elias Achouri de volta, é nosso jogador, falei com o presidente do Trofense, tínhamos vendido o Chiquinho, mas depois percebemos que o regulamento não permitia que o jogador regressasse à casa mãe na mesma época. Serve de aprendizagem», concluiu Pedro Alves.