Travagem no crédito automóvel?

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28 jul 2023, 15:31

Este crédito, a par do crédito habitação, é um dos mais procurados pelos portugueses. Contudo, dados apontam para um desaceleramento neste recurso financeiro.

A análise mensal do mercado automóvel em Portugal, a retoma do setor automóvel, o recurso ao financiamento para a aquisição deste bem e as soluções das financeiras para incentivar a transição da mobilidade elétrica, foram alguns dos temas debatidos na CNN Talks Fórum Automóvel, uma parceria com o Standvirtual, numa conversa moderada por Sara Sousa Pinto, com a presença residente de Nuno Castel-Branco, Diretor-Geral do Standvirtual, e de Licínio Santos, Chief Commercial Officer Cofidis, e Nuno Silva, Diretor de Vendas e Marketing BMW Financial Services.

Crédito automóvel é a escolha da maioria dos portugueses

As operações de crédito automóvel atingiram, em abril, 214 milhões de euros o que representa uma quebra de 19,1% em abril face ao mês anterior. O principal problema, desta vez, não é a falta de veículos a entregar, mas a escassez de clientes que se queiram endividar com financiamentos de crédito automóvel. A combinação de preços e juros altos resulta num decréscimo que já se faz notar.

“A conjuntura atual e aquilo que todos nós experienciamos como consumidores finais faz com que haja efetivamente uma contração no consumo. A principal razão, eu diria, é a inflação que foi registada durante o ano passado: como contramedida assistimos às taxas de referência a subir a um ritmo vertiginoso e este ano já foi anunciado que provavelmente vão continuar a subir. Esta conjuntura tem como consequência o consumidor retrair-se na compra. As prestações subiram imenso, os carros subiram de preço porque as taxas já não são o que eram” conclui Nuno Silva, Diretor de Vendas e Marketing BMW Financial Services.

Comprar carro é um investimento avultado que quase todos acabamos por ter de fazer, porém, como pagar a pronto não é uma solução para a maioria dos portugueses, o uso de um crédito automóvel acaba por ser a alternativa mais procurada no momento de adquirir um carro novo ou usado.  

“As taxas têm vindo a subir, o que naturalmente reduz o rendimento disponível das famílias, e, portanto, a fatia que poderiam alocar à compra de um carro reduz-se”, afirma Licínio Santos, Chief Commercial Officer Cofidis. A procura, no entanto, cresce sobre o mercado dos usados ou de carros mais económicos como forma de fintar a crise: “o montante financiado reduziu-se em 19% mas em número de operações apenas em 16%, o que quer dizer que se estão a comprar carros de valor mais baixo, o que evidencia bem o contexto em que vivemos e consequentemente as opções mais racionais, nomeadamente soluções que permitam a possibilidade do financiamento”.   

Mas não esqueçamos que os efeitos colaterais da pandemia e da Guerra levaram ao abrandamento da produção e entrega no mercado dos novos e, consequentemente, a procura de carros usados aumentou, o que levou à procura invulgar de usados e a uma valorização histórica deste mercado no ano passado. “Normalmente só os clássicos valorizavam, e não foi isso que aconteceu. Regra geral, os usados durante os últimos dois anos aumentaram 25% do seu valor”, esclarece Nuno Silva, Diretor de Vendas e Marketing BMW Financial Services.
 

Nuno Castel-Branco, explica, com base nas mais de cinco milhões de visitas ao Standvirtual, que as dúvidas do consumidor sobre o financiamento do crédito automóvel precisam de ser esclarecidas. “Os contratos são feitos com taxa fixa. É possível fazer um endividamento com uma taxa com a qual a pessoa sabe o que vai pagar ao longo dos anos, que é o que acontece no setor automóvel e que é radicalmente diferente do crédito habitação. A lógica aqui é diferente”.

No entanto, e embora se trate de um crédito com menos expressão financeira comparativamente a um crédito habitação, deve procurar a máxima informação possível para que não seja apanhado na curva!

Devo pagar o meu carro a pronto ou a crédito?

Muitas vezes surge a questão de que tipo de crédito escolher ou se, em caso de possibilidade, pagar o carro a pronto. Os carros, ao contrário das casas, desvalorizam rapidamente, portanto se fizer o seu pagamento através de um empréstimo e, entretanto, pretender vendê-lo, o mais provável é que apenas consiga vender abaixo do seu preço de compra. E, aliado a esse valor, ainda acrescem os juros, que fará com que o automóvel seja ainda mais caro. Portanto, a nível de custos é mais vantajoso pagar a pronto.  No entanto, muitas pessoas optam por fazer um crédito automóvel para não se descapitalizar, mantendo assim a sua poupança para qualquer imprevisto que possa surgir.

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