Ação agressiva da Rússia poderá justificar "sanções numa escala nunca vista", afirma Santos Silva

Agência Lusa , CE
7 fev 2022, 20:56
Augusto Santos Silva

No entanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros ressalva que o ideal continua a ser o diálogo diplomático

O ministro dos Negócios Estrangeiros avançou esta segunda-feira que “qualquer ação agressiva” da Rússia contra a Ucrânia, nomeadamente uma invasão, poderá implicar “sanções numa escala nunca vista”, mas vincou que o objetivo é continuar o diálogo diplomático.

O ministro falava à margem do lançamento do livro “Relação da Primeira Viagem em torno do Mundo", de Antonio Pigafetta, sobre a primeira volta ao mundo do navegador português Fernão de Magalhães (1519-1522), que decorreu esta segunda-feira na Academia da Marinha, em Lisboa.

“Vamos continuar a esgotar esta via político-diplomática ao mesmo tempo que nos preparamos robustecendo o flanco leste da NATO e ao mesmo tempo que continuamos a deixar claro à Rússia que qualquer ação agressiva que signifique mais uma violação da integridade territorial e da soberania da Ucrânia terá uma resposta à altura em termos políticos e económicos”, começou por dizer o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.

Questionado sobre que tipo de resposta poderá ser, Santos Silva respondeu: “Sanções numa escala nunca vista”.

“Estamos a discutir entre nós, serão medidas no plano político e no plano económico que na nossa opinião, uma ação agressiva da Rússia, designadamente uma invasão da Ucrânia, justificará”, completou.

No entanto, o governante ressalvou que o ideal continua a ser o diálogo diplomático.

“O que queremos é encontrar uma solução para os problemas que se vivem hoje na fronteira leste da Europa e como já disse várias vezes o presidente [Joe] Biden, se há preocupações de segurança de parte a parte as duas partes devem olhar para essas preocupações de segurança, e em vez de a Rússia seguir uma escalada de hostilidade, a Rússia deve assumir com a NATO medidas de criação de confiança que são absolutamente essenciais”, aditou.

Na opinião do governante, “é preciso que a Rússia baixe a tensão que criou na fronteira com a Ucrânia, e mais recentemente também na fronteira da Ucrânia com a Bielorrússia, e que compreenda que não é com ações agressivas que vê as suas legítimas preocupações de segurança respondidas”.

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