Costa diz que paz só será possível "com a vitória da Ucrânia e a derrota da Rússia”

20 fev 2023, 06:55
António Costa na apresentação de Medidas de Transição Digital (Lusa/RODRIGO ANTUNES)

 

 

REVISTA DE IMPRENSA. Primeiro-ministro diz que conflito mostrou a "unidade nacional da Ucrânia", assim como a "enorme unidade e a superação dos limites" da União Europeia

O primeiro-ministro afirma esta segunda-feira, em entrevista ao Público, que Putin tem de sair derrotado da guerra na Ucrânia, um conflito que mostrou a "unidade nacional da Ucrânia", assim como a "enorme unidade e a superação dos limites" da União Europeia.

António Costa diz ainda que, graças à invasão russa, também a NATO mostrou que "conseguiu revitalizar-se, reforçar o seu flanco leste e tem tido uma actividade intensa, quer no apoio em equipamento, quer no treino".

Na entrevista ao Público, Costa diz mesmo que a "guerra desencadeada pela Rússia é uma ameaça intolerável ao direito internacional, que exige uma grande coligação global para a defesa do direito internacional" e que o "mais surpreendido de todos" com a reação ucraniana será "certamente o senhor Putin", que terá dúvidas se não será "inepto para liderar esta guerra" que não se sabe quando acabará. 

No entanto, garante, que a derrota da Ucrânia não está em cima da mesa, até porque isso significaria uma "derrota do direito internacional à escala global e os seus princípios fundamentais, como a soberania dos Estados e a sua integridade territorial".

"A paz é uma vontade universal, mas todos temos consciência de que essa paz só é possível com a vitória da Ucrânia e a derrota da Rússia", afirma Costa, que garante que Portugal não fica mal na fotografia na ajuda militar que tem dado à Ucrânia para fazer face à invasão russa. 

Invasão essa que tem tido impacto na economia europeia e que tem levado a greves e protestos contra o aumento do custo de vida. Costa diz que "nem vale a pena os governos terem ilusões", pois o prolongamento da guerra vai fazer com que as "situações económicas internas se tornem mais difíceis" e com que as pessoas de "cada vez que chegam à caixa do supermercado, pensem que a culpa não é de Putin, mas de António Costa."

"Faz parte da vida, quando se tem 8% de inflação. O que é possível é o Governo ter consciência dessas dificuldades e ter a capacidade de ir criando as condições para mitigar esse efeito", afirma ao Público.

 

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