Costa diz que tanto faz Pedro Nuno Santos ou José Luís Carneiro para a luta externa: “Qualquer um deles é melhor que o líder da oposição”

12 dez 2023, 00:38

ENTREVISTA TVI CNN / PORTUGAL No que respeita à luta interna, António Costa é mais reservado quanto à sua avaliação - e ao seu favorito

Quem apoia? Costa não disse. Preferiu fazer assim: “Qualquer um deles é melhor que o líder da oposição”.

Mas não tem candidato favorito? "Não tenho." Mas o presidente do partido, Carlos César, ou o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva - que apoiaram respetivamente Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro -, têm. "Fizeram aquilo que a consciência lhes ditou."

Mas Costa deixou uma nota para o candidato Pedro Nuno Santos, que defende a reposição integral da carreira dos professores: “Não me incomoda que um líder venha defender coisas diferentes do que eu fiz”, "admito que haja ideias diferentes, há camaradas meus que têm ideias diferentes".

Para o PS, “é um ciclo político que se encerra”. “Este ciclo político pode ter começado com uma derrota do PS, mas vai prosseguir com a vitória do PS”, afirmou Costa, confiante na vitória do partido nas eleições de 10 de março.

Se nos socialistas esse futuro se faz com novos nomes, na oposição Costa vê o cenário oposto, com o PSD a usar “palavras e caras do passado”, a ir “buscar Cavaco para animar a campanha”. “Isso é que me deixa bastante apoquentado com a dinâmica e com a possibilidade de alternância em Portugal.”

E espera que os sociais-democratas não protagonizem a decisão de que mais se arrependerá como primeiro-ministro. “Se o PSD não honrar o compromisso que tem para o novo aeroporto de Lisboa, diria que o meu maior arrependimento foi ter confiado nisso. Tenho a esperança de que o PSD não me desiluda”. Esta decisão, insistiu, é “um grande teste à credibilidade do PSD”. Porque, com as conclusões da comissão técnica independente, Costa podia decidir de imediato: “Tinha e tenho os elementos suficientes”.

Posto isto, para António Costa “não há nenhuma solução estável” para Portugal que não conte com o PS. A direita "é uma barafunda": António Costa diz que Luís Montenegro está preparado para replicar no continente o “fiasco” e o “ensaio geral” que foi a aliança à direita nos Açores – e que acabou em eleições antecipadas a 4 de fevereiro do próximo ano, perante a incapacidade de se manter uma maioria para aprovar as contas regionais de 2024.

Relacionados

Partidos

Mais Partidos

Mais Lidas

Patrocinados