André Ventura avisa para "escalar de conflito físico, verbal e político" no parlamento e pede intervenção de Marcelo

Agência Lusa , CF
29 jul 2022, 18:23

Apontando que "o ambiente está muito tenso", o líder do partido de extrema-direita salientou que "ninguém quer ver no parlamento situações como já vimos noutros países do mundo, em que há deputados desentendidos uns com os outros, quase à batatada no hemiciclo"

O líder do Chega considerou esta sexta-feira que o ambiente "está muito tenso" no parlamento e alertou que "é real" a possibilidade de "um escalar de conflito físico, verbal e político", pedindo a intervenção do Presidente da República.

Em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com o Presidente da República no Palácio de Belém, em Lisboa, André Ventura disse que transmitiu a Marcelo Rebelo de Sousa que "não acautelar, ao não exercer nenhuma influência sobre o presidente da Assembleia da República, a possibilidade de um escalar de conflito físico, verbal e político é real".

Apontando que "o ambiente está muito tenso", o líder do partido de extrema-direita salientou que "ninguém quer ver no parlamento situações como já vimos noutros países do mundo, em que há deputados desentendidos uns com os outros, quase à batatada no hemiciclo".

"Tudo acontece porque o ambiente dentro do hemiciclo, que era onde se deviam dispersas as energias políticas, é abafado e limitado por um presidente da Assembleia da República", alegou.

Na ótica do Chega, "a única figura que pode chamar a atenção de Augusto Santos Silva é Marcelo Rebelo de Sousa" e cabe ao chefe de Estado "garantir que o ambiente serene", tendo pedido a sua intervenção.

A reunião, que durou cerca de 45 minutos e na qual André Ventura esteve acompanhado pela liderança do grupo parlamentar, foi pedida pelo Chega, para abordar com o chefe de Estado a forma como o presidente da Assembleia da República conduz os trabalhos parlamentares.

O presidente do Chega afirmou também ter ficado com "a sensação" de que o Presidente da República "foi recetivo aos argumentos" que ouviu, "independentemente das ações que venha a tomar", e que "foi sensível à situação de maioria absoluta e de possível mordaça sobre a democracia que o país enfrenta" e também "aos argumentos de cerceamento constante da liberdade".

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