Altice abre investigação interna e suspende vendas e ordens de compra com visados

CNN Portugal , DCT
14 jul 2023, 17:53
Altice (arquivo)

Empresa diz ainda que “está a prestar toda a colaboração solicitada” às autoridades

O Grupo Altice anunciou, esta sexta-feira, em comunicado, que deu início a uma investigação interna a propósito dos processos de compras e dos processos de aquisição e venda de imóveis da Altice Portugal, assim como de todo o Grupo Altice.

A par disso, o Grupo Altice pediu ainda às sociedades participadas a suspensão de “qualquer pagamento às entidades visadas pela investigação”, assim como a suspensão de “qualquer nova ordem de compra (individual ou parte de um contrato principal) com estas entidades”. No comunicado, a empresa revela ainda o apelo para que “seja reforçado o processo de aprovação do Grupo relativamente a qualquer ordem de compra”.

De acordo com a nota enviada às redações, o Grupo Altice afirma que “está a prestar toda a colaboração solicitada e estará sempre disponível para qualquer esclarecimento”, mas adianta que “continuará a tomar todas as decisões no interesse das suas sociedades participadas, acionistas, fornecedores e clientes”.

A Altice Portugal confirmou que, em 13 de julho, que foi uma das empresas alvo de buscas pelas autoridades portuguesas em cumprimento de um mandado, emitido pelo Ministério Público, no âmbito de uma investigação em curso dirigida a indivíduos e entidades externas ao Grupo Altice.

Três pessoas foram detidas e serão presentes a primeiro interrogatório judicial este sábado, devido à greve dos Oficiais de Justiça que decorre esta sexta-feira, confirma o Ministério Público em comunicado, na sequência da notícia avançada pela CNN Portugal que dava conta da detenção de Armando Pereira, responsável da Altice Europa.

A CNN Portugal sabe que, para além de Armando Pereira, também Jéssica Antunes, filha do empresário Hernâni Vaz Antunes, está entre os detidos. O terceiro detido é Álvaro Gil Loureiro, que é colaborador dos outros dois homens. A CNN Portugal apurou também que Hernâni Vaz Antunes está a ser procurado pelas autoridades para ser detido.

No âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e cuja investigação se iniciou há cerca de três anos, a cargo da Inspeção Tributária de Braga, realizaram-se esta quinta e sexta-feira, 13 e 14 de julho, cerca de 90 buscas, domiciliárias e não domiciliárias – por exemplo a instalações de sociedades e escritórios de advogados – em diversas zonas do país.

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