Conservador Alexander Stubb é o novo presidente da Finlândia

11 fev, 19:13
Alexander Stubb, presidente da Finlândia (Emmi Korhonen./Lehtikuva via AP)

Invasão russa da Ucrânia motivou o regresso à política do antigo primeiro-ministro

Alexander Stubb foi eleito presidente da Finlândia, tendo já reclamado vitória sobre o oponente, Pekka Haavisto, que também já concedeu a derrota.

A diferença nesta altura nem é muito grande, mas faltam contar menos de 2% dos votos, pelo que os quase 52% do candidato do Partido da Coligação Nacional, que já foi primeiro-ministro, decidiu reclamar vitória.

“O sentimento é de calma, moderação, humildade, mas também de extrema felicidade e gratidão por os finlandeses terem votado tão maciçamente e para que possa desempenhar o cargo de presidente”, disse Alexander Stubb.

Palavras que surgiram já depois de Pekka Havisto, do partido Aliança dos Verdes, ter congratulado o adversário: “Obrigado e boa sorte”, disse, parabenizando o “13.º presidente da Finlândia”.

Na primeira volta das presidenciais, realizadas em 28 de janeiro, o conservador Stubb, do partido da Coligação Nacional (no poder), venceu com 27,2% dos votos, enquanto Haavisto, membro dos Verdes que se apresenta como independente, obteve 25,8%. A taxa de participação foi de 75%.

Stubb, que foi eurodeputado, primeiro-ministro e ocupou três pastas ministeriais, incluindo das Finanças e Negócios Estrangeiros, conseguiu uma grande parte dos votos do centro-direita e da extrema-direita, enquanto Haavisto, ministro dos Negócios Estrangeiros no anterior governo (liderado por Sanna Marin), era apoiado pelo eleitorado de centro-esquerda e ambientalista.

Eleito por um mandato de seis anos, o presidente finlandês tem poderes limitados, mas o seu papel diplomático ganhou importância na cena internacional desde o recrudescimento das tensões com a vizinha Rússia, na sequência da guerra na Ucrânia, e da adesão do país nórdico à NATO em abril de 2023.

As relações com a vizinha Rússia, que se deterioram após a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, e a consequente adesão da Finlândia à NATO, serão as principais preocupações do sucessor de Sauli Niinistö (Coligação Nacional), que sai ao fim de 12 anos, por não poder concorrer a um terceiro mandato.

Esta corrida eleitoral marca um regresso à política de Alexander Stubb, 55 anos, primeiro-ministro entre 2014 e 2015, depois de alguns anos no mundo académico.

Nos últimos três anos, lecionou e dirigiu o Instituto Universitário Europeu de Florença, em Itália, depois de se ter retirado da vida política por não ter conseguido vencer o cargo de presidente da Comissão Europeia em 2018, quando foi eleita a alemã Ursula von der Leyen.

Stubb já confessou que foi a invasão russa da Ucrânia que o motivou a regressar à política: “Senti que poderia haver uma potencial ameaça existencial vinda da Rússia”.

Eleito deputado ao Parlamento Europeu em 2004, Stubb entrou na política finlandesa em 2008 e ocupou vários cargos ministeriais: Finanças, Negócios Estrangeiros e Assuntos Europeus. Foi também vice-presidente do Banco Europeu de Investimento.

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