Enfermeiro de 27 anos aparecia de ressaca para trabalhar e assassinou dois pacientes para "ser deixado em paz"

16 mai 2023, 16:00
justiça (pexels)

As duas vítimas de Mario G. tinham 80 e 89 anos

O tribunal de Munique condenou um enfermeiro de 27 anos a prisão perpétua pelo assassinato de dois pacientes que tinha a seu cuidado. O enfermeiro administrou deliberadamente medicamentos sem receita médica aos pacientes para que pudesse “ser deixado em paz", avança o jornal The Guardian

O enfermeiro, identificado apenas como Mario G., foi considerado culpado de dois homicídios e de seis tentativas de homicídio, dá conta, esta segunda-feira, um porta-voz do tribunal do distrito de Munique do sul da Alemanha.

Mario G. admitiu durante o julgamento ter injetado os seus pacientes com sedativos e outras misturas de medicamentos enquanto trabalhava na ala de recuperação no hospital de Munique. “Eu queria ser deixado em paz”, disse ele em tribunal. 

De acordo com os procuradores, o acusado administrou as drogas porque queria ser deixado em paz durante o seu turno, para o qual aparecia muitas vezes de ressaca. 

Três das tentativas de assassinato tiveram como alvo o escritor Hans Magnus Enzensberg, e ocorreram em novembro de 2020. O escritor sobreviveu ao ataque, acabando por falecer dois anos depois, por causas naturais, aos 93 anos. 

As duas vítimas de Mario G. tinham 80 e 89 anos.

O caso relembra o do enfermeiro alemão Niels Högel, que foi condenado em 2019 a prisão perpétua por ter assassinado 85 pacientes que estavam a seu cuidado. Hoegel, considerado o assassino em série mais prolífico da Alemanha, assassinou pacientes com injecções letais entre 2000 e 2005, antes de ser apanhado em flagrante.

Em 2020, um trabalhador da área da saúde foi condenado a prisão perpétua em Munique por ter assassinado pelo menos três pessoas com insulina.

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