Episódio final estreia no último dia do ano
O regresso da série animada “E se…?”, uma das que recebeu melhores críticas no universo cinemático da Marvel, permite uma reconexão com a essência da banda desenhada original, disse o produtor Matthew Chauncey.
“A coisa boa desta série é que, criativamente, é o mais próximo que podemos estar de nos reconectarmos com o sentido de brincadeira da Marvel por que nos apaixonámos em criança”, afirmou o produtor, que também esteve por detrás dos argumentos da segunda temporada, em conferência de imprensa em Los Angeles.
Com o episódio final a estrear no último dia do ano, “E se…?” vira ao contrário tudo o que os fãs sabem das histórias Marvel, explorando cenários alternativos num estilo de animação inspirado no anime e na arte ilustrativa norte-americana.
“Uma das primeiras ideias que tivemos foi questionar como seria se a colonização nunca tivesse acontecido”, disse o realizador Bryan Andrews, referindo-se ao episódio 6, intitulado “E se Kahhori remodelasse o mundo?”, que se centra nas Primeiras Nações e nas tribos Mohawk da América do Norte. “E se os europeus não tivessem vindo?”, acrescentou.
O episódio é todo falado na língua Mohawk e foi concebido com a ajuda de consultores das tribos para ser o mais fidedigno possível. “Eles escreveram-nos uma carta a dizer que sentiram, pela primeira vez, que o seu povo estava a ser honestamente representado”, contou Andrews.
Outro episódio que também volta atrás no tempo é “E se… Peter Quill atacasse os heróis mais poderosos da terra?”, algo que Matthew Chauncey disse que começou a ser planeado na temporada anterior.
“Uma das nossas ideias era pensar em como seria um filme dos Vingadores se fosse situado nos anos 80”, explicou o produtor. No universo cinemático da Marvel havia vários personagens ativos nessa década, o que facilitou a tarefa.
“O divertido foi criar uma história que espelhasse narrativa e esteticamente os filmes de ação dos anos 80”, continuou. “Foi imaginar como seria um filme Marvel se tivesse sido feito nessa década”.
As reviravoltas desta série, que é antológica, não têm consequências na narrativa dos filmes, o que permitiu aos criativos usarem muitos mais personagens Marvel sem a responsabilidade de baterem certo com o resto do universo cinemático.
“A esperança é que, ao contrário dos filmes que lidam com a narrativa do multiverso, a série ‘E Se…?’ é onde se pode realmente viver estas realidades alternativas na totalidade”, disse Matthew Chauncey.
A segunda temporada da série volta a contar com as vozes originais de atores de primeira linha em Hollywood, incluindo Cate Blanchett, Michael Douglas, Jeffrey Wright, Benedict Cumberbatch, Elizabeth Olsen e Chris Hemsworth, entre outros.
A série está disponível na plataforma de streaming Disney+.