Taça: Vilaverdense-Farense, 3-2 (crónica)

Nuno Dantas , Campo Cruz do Reguengo
22 out 2023, 17:17
LANK Vilaverdense-Farense (HUGO DELGADO/LUSA)

No Minho mora um tomba equipas algarvias

Na temporada passada foi o Portimonense, desta foi a vez do Farense cair aos pés do Vilaverdense, que volta a eliminar uma equipa do principal escalão do futebol nacional. «E no Reguengo ninguém passa!», cantavam os adeptos vilaverdenses, fazendo alusão ao nome do estádio, casa da equipa de Vila Verde. O Farense deve a si próprio a eliminação: não aprendeu com a história e jogou mo Minho com a sobranceria de que, mais minuto menos minuto, resolvia as coisas a seu favor.  A reação nos descontos não foi suficiente para apagar a má imagem deixada no Minho.

José Mota protagonizou cinco alterações em relação ao empate caseiro com o Vizela, quase todas na frente de ataque. Saíram Igor Rossi, Matheus Oliveira, Belloumi, Marco Matias e Bruno Duarte e entraram Gonçalo Silva, Facundo Cáseres, Cristian, Rui Costa e Zé Luís. Sérgio Machado também protagonizou três mudanças em relação à derrota com o Paços Ferreira. Saíram Armando, Bruno Silva e Simon e entraram Maviram, Momo Sako e Ansu Fati.

A primeira parte foi um longo bocejo, com pouquíssimas ocasiões de interesse. Perante entusiastas adeptos que enchiam a única bancada do Campo Cruz do Reguengo, o Vilaverdense foi a primeira equipa a criar perigo, mas o mérito da equipa minhota foi diminuto. Num atraso a Luiz Felipe, o guarda-redes falhou o domínio e o esférico quase entrava na própria baliza. Depois, num bom cruzamento de Viegas, Ansu Fati apareceu na cara do golo, mas falhou a emenda.

Do lado da turma algarvia, Zé Luís foi quem mais perto do golo esteve, com uma cabeçada a rasar o poste. Talocha, de livre direto, testou a atenção de Rogério e Rui Costa fez o mesmo, vantagem sempre para o guardião de Vila Verde. A igualdade em tempo de descanso revelava justiça no marcador.

A toada de jogo manteve-se no reatamento. O Farense com mais bola, mas com dificuldades de circulação e de adaptação ao relvado bastante mole e escorregadio. O Vilaverdense, mais na expetativa, acabou por chegar ao golo na primeira vez que foi à área contrária na segunda metade. Nélio pegou no esférico, entrou na área descaído para a direita, e disparou uma bomba para fundo das redes, para delírio dos adeptos nas bancadas.

José Mota reagiu de imediato e colocou em jogo Matheus Oliveira e Marco Matias. Contudo, pouco mudo. A equipa algarvia continuava apática e sem ideias, insistindo constantemente nos cruzamentos para a área. À medida que o jogo ia passando, o Farense ia carregando cada vez mais. Marco Matias teve nos pés uma das melhores oportunidades. Isolado por Zé Luís, viu Rogério impedir o golo.

Depois o jogo entrou numa fase de loucos. João Caiado, saído do banco, bailou à frente da defensiva algarvia e atirou para o golo. Logo de seguida, Yanick ganhou em velocidade na direita e assistiu Bruno Silva para o 3-0. Tudo parecia fácil para a turma minhota, que já não esperava uma reação visitante.

Mas ela aconteceu, já nos descontos. O Farense acordou e Talocha, numa bomba de fora da área, de primeira, reduziu e, de grande penalidade, a castigar falta de André Soares sobre Zé Luís, colocou o marcador na margem mínima. No entanto, já não havia tempo para mais e a festa voltou a ser de arromba em Vila Verde.

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