Legislativas francesas: um cordão sanitário na segunda volta?
Depois de vencer a primeira volta das legislativas antecipadas em França, a extrema-direita do Reagrupamento Nacional de Jordan Bardella enfrenta o chamado "cordão sanitário", ou seja, o apelo do presidente Emmanuel Macron e do primeiro-ministro derrotado ao voto no que definem como "os democratas e os republicanos" e "contra a extrema-direita." No entanto, nem Macron nem Attal disseram, ao longo de segunda-feira, que era importante votar nos candidatos da Nova Frente Popular, que inclui comunistas, ecologistas e socialistas.
Pelo contrário, Jean-Luc Mélenchon, nomeado como candidato a primeiro-ministro pela NFP, disse que os candidatos das listas da esquerda na segunda volta se retirariam para, no caso das chamadas circunscrições triangulares, a opção entre o Reagrupamento Nacional e o segundo partido se tornasse uma opção clara entre um partido democrático e a força da extrema-direita.
Os casos das chamadas circunscrições triangulares - mais de 300 este ano - acontecem quando os três primeiros candidatos conseguem passar a percentagem mínima de votos para o segundo turno.
A elevada participação deste ano - mais de 66% - aumentou circunscrições com estas características. Na maioria dos casos, o primeiro candidato conseguiu mais de 50% dos votos e foi eleito, não havendo necessidade de segunda volta.