José Mota diz que os golos sofridos pelo P.Ferreira não podem ser «por consentimento próprio»

25 ago 2002, 19:58

Um «pormenor» numa exibição «excelente» Apenas um «pormenor» numa exibição «excelente» na vitória sobre o Varzim, diz o treinador pacense.

Um «pormenor» estragou a tarde a José Mota. O Paços de Ferreira venceu o Varzim por 3-1 na abertura do Campeonato, mas foi precisamente o golo dos poveiros que caiu mal ao treinador do Paços. «Não posso ficar muito contente quando facilitámos, e acho que é essa a palavra, na parte final e o adversário conseguiu fazer um golo. Os golos que sofremos têm de ser mérito do adversário, não por consentimento nosso», avisou.

Os números da vitória, aliás, moralizam menos assim, disse o treinador pacense. «Creio que o 3-0 seria um resultado justo e mais motivante para o sistema defensivo e para o próprio guarda-redes.»

Esse foi «um pormenor em que o Paços de Ferreira esteve menos bem», mas no resto José Mota ficou muito satisfeito. Incluindo com a segunda parte, apesar do futebol da sua equipa ter sido menos objectivo. «Estamos no início da época e não se pode ter um rendimento sempre bom ao longo dos 90 minutos. Além disso, o 2-0 e o facto de o adversário não ter forçado muito em termos ofensivos fizeram crer que tínhamos o jogo ganho. Isso sentiu-se mesmo no banco. Mesmo assim não perdemos qualidade, dominámos, neutralizámos o adversário, criámos uma ou outra situação e conseguimos mais um golo de belo efeito.»

O melhor, no entanto, foram os «primeiros trinta minutos». «Fomos excelentes», afirmou José Mota. «Os desenvolvimentos ofensivos foram muito bons, o futebol foi fluido, as triangulações saíram bem, fomos objectivos defensivamente, agressivos sobre o adversário e estivemos sempre perto da bola. A perder por 0-2 o Varzim alterou a sua estrutura para melhor e criou-nos mais dificuldades, especialmente a meio-campo, mas sem nunca pôr em causa o nosso último reduto.»

Mota destacou ainda um «mérito» do Paços de Ferreira «revelador da dinâmica» da equipa: «Tivemos três jogadores a fazer golos que não são muito comuns; o Paulo Sousa é um trinco, o Pedrinha marcou o primeiro golo de cabeça da sua carreira e o Zé Nando marcou de cabeça depois de ter sido solicitado por um cruzamento do Carlos Carneiro. É isso que eu quero, o homem mais próximo da bola tem de integrar-se nas acções ofensivas.»

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