Com Portugal num pico de gripe, Ministério da Saúde abre centros de saúde no fim de semana da passagem de ano

27 dez 2023, 19:57

Objetivo é evitar elevada afluência às urgências que já se está a sentir depois do Natal por causa da gripe A

O Ministério da Saúde vai abrir vários centros de saúde no próximo fim de semana prolongado da passagem de ano, à semelhança daquilo que já tinha acontecido no último fim de semana do Natal.

Uma medida que acontece numa altura de alta pressão nas urgências de grande parte dos hospitais do país, com horas de espera que nos últimos dias chegaram a ultrapassar as 10 horas, em alguns hospitais, mesmo para doentes considerados urgentes (pulseira amarela).

A ideia é evitar a procura dos serviços de urgência dos hospitais. Os utentes poderão, assim, deslocar-se aos centros de saúde mais próximos da sua área de residência, o que vai permitir que pessoas com casos considerados menos graves não se desloquem aos hospitais, respondendo ao apelo dos médicos ouvidos nos últimos dias e sabendo-se que muitos doentes ligeiros não precisam de ir às urgências.

A medida, tal como no Natal, insere-se no Plano Estratégico para a Resposta Sazonal em Saúde – Inverno 2023-2024, operacionalizado pelos Agrupamentos de Centros de Saúde e Administrações Regionais de Saúde, em articulação com a Direção Executiva do SNS.

Fonte oficial do Ministério da Saúde confirmou à TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal) que vários centros de saúde vão estar abertos no fim de semana prolongado, que termina com o primeiro dia de 2024. 

Fica apenas a faltar saber quantos e quais vão ser esses centros de saúde abertos, algo será divulgado em breve.

A ideia passa por levar quem está doente a ter três vias de atendimento: primordialmente a linha SNS 24 ou os centros de saúde, e só nos casos mais graves os hospitais, onde o acesso exagerado de doentes pode provocar muitas horas de espera.

Apesar da medida, o bastonário da Ordem dos Médicos confessou à TVI temer que a abertura destes centros de saúde seja insuficiente.

Recorde-se que, além do esperado pico de doenças respiratórias, sobretudo gripe A, neste final de ano os hospitais enfrentam ainda a recusa às horas extraordinárias de muitos médicos, que estão nesta situação desde setembro, depois de terem ultrapassado, há vários meses, as 150 horas extraordinárias a que são obrigados por lei.

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