Reino Unido proíbe exportação de bens de luxo para a Rússia e aumenta a taxa de bens importados (vodca incluída)

15 mar 2022, 10:25

Aumento será de 35 pontos percentuais e vai atingir produtos como a vodca. Medidas querem que oligarcas e outros membros da elite sejam privados de acesso a bens de luxo e que "a Rússia não beneficie do sistema internacional baseado em regras que não respeita"

O governo do Reino Unido proibiu a exportação de bens de luxo para a Rússia e aumentou as taxas de importação do país. Num comunicado publicado online, pode ler-se que "a vodca russa é um dos produtos icónicos afetados pelos aumentos".

Entre os bens de luxo mais exportados para a Rússia, e que agora vão deixar de atravessar o continente, estão veículos, moda e arte. A decisão surge como mais uma sanção do Reino Unido à Rússia após a invasão da Ucrânia.

"A proibição de exportação entrará em vigor em breve e garantirá que os oligarcas e outros membros da elite, que enriqueceram sob o reinado do presidente Putin e apoiam a invasão ilegal, sejam privados de acesso a bens de luxo", lê-se ainda.

Quanto à taxa de importação, o aumento será de 35 pontos percentuais e vai atingir produtos que têm um valor de 900 milhões de libras (mil milhões de euros) como a vodca russa, metais, fertilizantes, entre outros.

"As novas tarifas vão isolar ainda mais a economia russa do comércio global, garantindo que a Rússia não beneficie do sistema internacional baseado em regras que não respeita", afirmou o chanceler Rishi Sunak.

O Reino Unido vai ainda negar à Rússia e à Bielorrússia o acesso à "tarifa de nação mais favorecida" para centenas das suas exportações, privando ambas as nações dos principais benefícios da adesão à Organização Mundial do Comércio.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais 2,8 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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