Terminou: "A guarnição 'Mariupol' cumpriu a sua missão de combate"

17 mai 2022, 02:48
“Sem recursos e com muitas baixas”. Batalhão Azov mostra ferimentos dos soldados que resistem na Azovstal

As Forças Armadas da Ucrânia deram como concluída a "missão de combate" das suas forças em Mariupol. "São os heróis do nosso tempo. Ficarão para sempre marcados na história", diz o comando militar ucraniano

"A guarnição 'Mariupol' cumpriu a sua missão de combate", disse esta noite o Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia, numa declaração através das redes sociais. "O Comando Militar Supremo ordenou aos comandantes das unidades estacionadas em Azovstal que salvassem as vidas do seu pessoal", lê-se na declaração.

"Os defensores de Mariupol são os heróis do nosso tempo. Ficarão para sempre marcados na história", louva o Comando Militar Supremo, que nomeia todas as unidades que estiveram envolvidas nos combates contra as forças russas que culminaram no longo cerco à siderurgia Azovstal: "Isto inclui a unidade especial 'Azov', a 12ª Brigada da Guarda Nacional da Ucrânia, a 36ª Brigada Separada de Fuzileiros, guardas de fronteira, polícia, voluntários, a Defesa Territorial de Mariupol".

"Proporcionou-nos tempo crítico"

Segundo o comunicado do comando militar ucraniano, a importância estratégica da resistência levada a cabo em Mariupol teve consequências em todo o país: forçou a concentração de forças de Moscovo naquela cidade, ajudou a travar a ofensiva russa e deu tempo às forças ucranianas noutros pontos do território para se prepararem e responderem aos invasores. 

"Ao concentrarmos as principais forças do inimigo em Mariupol, tivemos a oportunidade de preparar e criar linhas defensivas, onde as nossas tropas estão hoje preparadas para repelir o agressor. Proporcionou-nos tempo crítico para formar reservas, reagrupar forças, e receber assistência de parceiros", continuou a declaração.

Agora, diz o comunicado, "a tarefa comum mais importante de toda a Ucrânia e de todo o mundo é salvar as vidas dos defensores de Mariupol". Antes, na sua comunicação diária ao país, Volodymyr Zelensky já tinha dito que aqueles militares são heróis e que "a Ucrânia precisa de heróis ucranianos vivos".

A evacuação dos militares feridos que estavam sitiados em Azovstal começou nesta segunda-feira. Um comandante do Batalhão Azov, uma das unidades ucranianas que permaneciam na siderurgia, disse que iria cumprir as ordens para salvar a vida das tropas. "Para salvar vidas, todo o regimento de Mariupol está a implementar a decisão aprovada pelo Comando Militar Supremo e espera o apoio do povo ucraniano”, disse este responsável, numa publicação nas redes sociais.

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar, deixou claro num comunicado anterior que, apesar da evacuação de mais de 260 combatentes feridos, alguns defensores permanecem na fábrica de aço. Não é claro quantas tropas permaneceram em Azovstal - segundo a Reuters poderão ser 600 -, nem de que forma poderão ser retiradas do local. Os responsáveis militares da Ucrânia apenas informaram que estavam em curso esforços para evacuar quem ainda se encontra no interior da siderurgia.

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