Advogados garantem que Trump não consegue pagar caução de 464 milhões de dólares

18 mar, 19:24
Donald Trump (AP)

Candidato à Casa Branca diz que contactou 30 empresas de crédito, mas nenhuma aceitou cobrir o valor. "Uma impossibilidade prática", caracteriza a defesa do ex-presidente dos EUA

O antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não consegue encontrar uma empresa de crédito que garanta os 464 milhões de dólares (cerca de 426 milhões de euros) de que precisa para pagar a caução que lhe foi aplicada no julgamento por fraude que enfrenta em Nova Iorque.

Segundo a defesa do recandidato à Casa Branca, “muito poucas empresas de caução irão considerar uma caução de qualquer coisa que se aproxime dessa magnitude".

A queixa apresentada na segunda-feira afirma que a obtenção de uma caução provou ser "uma impossibilidade prática", acrescentando que os esforços "diligentes" feitos para garantir uma caução incluíram "abordar cerca de 30 empresas de crédito através de 4 corretores diferentes" e "inúmeras horas de negociação com uma das maiores companhias de seguros do mundo".

Estes esforços, salienta a defesa, provaram que "a obtenção de uma caução de recurso no montante total" da sentença "não é possível nas circunstâncias actuais". 

No mesmo sentido, Gary Giulietti, um corretor que testemunhou a favor de Trump durante o julgamento por fraude, assinou uma declaração afirmando que garantir uma caução no valor total "é uma impossibilidade prática".

Ao mesmo tempo, os advogados de Trump pediram ao tribunal que adiasse a constituição da caução até que o recurso fosse concluído, sublinhando que o valor das propriedades de Trump excede em muito a sentença. 

Em fevereiro, Trump foi condenado a pagar 355 milhões de dólares em restituições, ou "ganhos ilícitos", pelo juiz nova-iorquino Arthur Engoron, num processo de fraude civil apresentado pela procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James. Engoron escreveu na sua decisão de 93 páginas que Trump e os seus co-réus - incluindo os seus filhos adultos - eram responsáveis por fraude, conspiração e emissão de falsas declarações financeiras e falsos registos comerciais, concluindo que os réus inflacionaram fraudulentamente o valor dos bens de Trump para obterem taxas de empréstimo e de seguro mais favoráveis.

Além deste processo de fraude, Trump está também acusado de suborno, difamação e abuso sexual, tendo recurrido de ambos e tentativa de interferência numa eleição,esta última acusão vem, tanto do departamento de justiça como de Fulton County, no estado norte-americano da Georgia.
 

E.U.A.

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