Ativistas suíças tiveram um desfecho mais positivo em comparação com os jovens portugueses, que viram o seu caso ser considerado "inadmissível" pelo TEDH
Ao contrário do que aconteceu com o caso dos seis jovens portugueses, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) decidiu dar razão a um grupo de ativistas suíças que apresentou um processo contra o Estado suíço por não estar a fazer o suficiente para combater as alterações climáticas.
O processo foi apresentado ao TEDH pela organização Verein KlimaSeniorinnen Schweiz (as Avós do Clima) composta por mais de duas mil idosas da Suíça, que conheceram esta terça-feira o veredicto final dos 17 juízes da Grande Câmara - o mais alto órgão daquele tribunal.
A juíza Síofra O'Leary determinou que a Suíça violou, de facto, o artigo 8.º da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, que obriga os Estados a tomarem medidas para combater as alterações climáticas e deu, por isso, razão à organização.
Apesar desta decisão considerada histórica, o Tribunal de Estrasburgo rejeitou dois outros casos semelhantes, considerando-os inadmissíveis. Foi o caso do processo interposto por seis jovens portugueses contra 32 governos europeus, acusando-os de inação na luta contra o aquecimento global.