Contra a tradição "discriminatória": bebés italianos devem ter os apelidos de ambos os pais, diz tribunal

27 abr 2022, 17:01
Bebé recém-nascido

Ministra italiana da Família, Elena Bonetti, defende que “chegou a hora da mudança” no país

O Tribunal Constitucional italiano decidiu, esta quarta-feira, que as crianças devem ter os apelidos de ambos os pais, defendendo que a atribuição automática do apelido do pai é "discriminatória".

Em comunicado, o Tribunal Constitucional refere que a atual prática é “discriminatória e prejudicial para a identidade das crianças”, pelo que os recém-nascidos devem ter os apelidos tanto do pai como da mãe, na ordem em que os pais desejarem (a não ser que os progenitores decidam escolher apenas um dos dois apelidos).

A ministra italiana da Família, Elena Bonetti, já garantiu que o governo vai apoiar esta medida no Parlamento, que precisa de aprovar a alteração constitucional, afirmando que “chegou a hora da mudança”.

“Como ministra, garanto todo o apoio do governo ao processo parlamentar para dar mais um passo fundamental na concretização da igualdade de direitos entre as mulheres e os homens do nosso país”, defendeu, numa publicação no Facebook.

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