Taxa de juro dos Certificados de Aforro sobe para 3,4% em fevereiro

ECO - Parceiro CNN Portugal , Luís Leitão
27 jan 2023, 18:59
Tem dinheiro para investir e os depósitos não dão retorno? Os certificados de aforro podem ser uma solução

Há 13 meses consecutivos que a remuneração dos Certificados de Aforro está a subir. Em fevereiro sobe mais 31,5 pontos base e fica ainda mais próxima da taxa de juro máxima de 3,5% definida por lei.

Em fevereiro, as novas subscrições de Certificados de Aforro contarão com uma taxa de juro de 3,403%. Trata-se de um aumento de 31,5 pontos base face à taxa de 3,088% verificada em janeiro, de acordo com cálculos do ECO.

Nunca os Certificados de Aforro da Série E, que foram lançados em novembro de 2017, pagaram tanto. Com mais esta subida — a 13.ª consecutiva –, a taxa de juro aproxima-se da taxa máxima de 3,5% definida por Lei.


Fonte: ECO e European Money Markets Institute.

Nos últimos 12 meses, a taxa de juro dos Certificados de Aforro acumula um aumento de 296 pontos base. A sustentar o incremento da remuneração destes títulos de dívida do Estado desenhados para as famílias está a subida das taxas de juro, nomeadamente da Euribor a 3 meses, que serve de base ao cálculo da taxa de juro dos Certificados de Aforro.

Desde fevereiro até ao dia de ontem, a Euribor a 3 meses passou de -0,53% para 2,47%. Isso fez com que também a remuneração dos Certificados de Aforro escalasse na mesma proporção.

De acordo com a Portaria que regula a Série E, a taxa de juro dos Certificados de Aforro é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil do mês, para vigorar durante o mês seguinte, segundo uma fórmula de cálculo que tem em conta a média dos valores da taxa Euribor a 3 meses observados nos dez dias úteis anteriores mais um prémio de 1%, até um valor máximo de 3,5% e um mínimo de 0%.

A esta taxa é ainda aplicado um prémio de permanência para os Certificados de Aforro detidos há mais de um ano: 0,5% para os títulos detidos entre o segundo e o quinto ano de permanência, e 1% entre o sexto e o décimo ano.

Os juros têm uma periodicidade trimestral e assumem uma capitalização automática até ao prazo máximo de dez anos. Se até então não houver lugar a qualquer reembolso, os juros e o capital investido ao longo de uma década são creditados na conta bancária.

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