Arouca e Tondela como exemplos, um treinador «habituado a vencer» e uma mágoa, antes do jogo do FC Porto
Atual líder da série D, com quatro pontos de vantagem sobre o segundo classificado (Lusitano Vildemoinhos) e cinco sobre o Anadia, que segue no terceiro posto, esta está a ser a melhor época do Gafanha, em muitos anos.
E aquilo que se percebe nas palavras dos seus responsáveis é que estes resultados não são fruto do acaso, mas sim de um plano que tem como meta chegar à I Liga dentro de cinco anos.
«Este início de época está a ser uma amostra daquilo que queremos continuar a fazer. O projeto foi pensado para chegar à Liga em cinco anos, e se eu não acreditasse mesmo nisso, não estaria aqui», garante o presidente João Paulo Ramos, que admite ter dois clubes como exemplo: Arouca e Tondela.
Nesse sentido, a receção ao FC Porto, neste sábado, em jogo da 3ª eliminatória da Taça de Portugal, está a ser encarado como um primeiro exame às aspirações do clube. Exame esse que já trouxe um dissabor.
«A mágoa de o jogo não ser aqui vai ficar sempre», lamenta João Paulo Ramos. «Mas encaramos isto como uma aprendizagem e esta já serviu para falarmos com a edilidade sobre a necessidade de fazer remodelações no estádio. Se queremos levar o Gafanha a outros níveis, temos de ter condições para isso», aponta.
Um dos rostos da mudança de ambição do clube da Gafanha da Nazaré é Nuno Pedro, técnico de 34 anos, que chegou em janeiro e lutou até à última jornada pela manutenção no Campeonato Portugal.
«É um treinador à imagem do resto do clube: jovem e ambicioso. E isso cria uma grande dinâmica», destaca o presidente.
A ambição de Nuno Pedro, mede-se também pelas palavras com que fala ao Maisfutebol. «Enquanto jogador, tive três épocas consecutivas a subir de divisão, com o Anadia, Arouca e Tondela. Estou habituado a vencer – quer como jogador, quer como treinador – e claro que vou beber um pouco de influência a cada um desses clubes, aplicando as minhas ideias», assegura.
Quanto ao desafio que tem pela frente e dá pelo nome de FC Porto, além da vontade de discutir o jogo, o treinador assume querer que esse «seja o primeiro de muitos jogos com os grandes». «Para mim e para o clube, porque temos muita ambição e acredito que vamos crescer juntos», finaliza.
