Taça: Desp. Aves-Sp. Braga, 1-2 (crónica)

Ricardo Jorge Castro , Estádio do CD Aves, Vila das Aves
15 jan 2019, 20:08

Wilson tomba o detentor

O pragmatismo e a eficácia superaram quem queria repetir a história. O detentor da Taça de Portugal está fora e 2019 vai ter um novo vencedor na prova rainha, em relação à época passada. Um bis de Wilson Eduardo materializou o aproveitamento do Sp. Braga e mantém vivo o sonho de conquistar a taça pela terceira vez. Cai o Desp. Aves.

Os minutos 11 e 41 foram letais para os avenses, que ainda relançaram o jogo com um cabeceamento de Falcão a 20 minutos do fim. Contudo, o golo e a reação final foram insuficientes para, pelo menos, levar o jogo para prolongamento.

Sem os dois treinadores nos respetivos bancos, por castigo, foi a equipa de José Mota a entrar mais atrevida e ofensiva. Mas a matreirice do Sp. Braga, a aproveitar alguma passividade defensiva caseira, foi meio caminho para o desfecho.

Avisos de um lado e golos do outro

Quem por último festejou no Jamor entrou com disposição a tentar manter nova hipótese viva. Com quatro alterações no onze inicial, o Desp. Aves criou mossa, no entanto, com dois habituais: Mama Baldé e Derley.

O primeiro, foi quem mais correu levou a equipa para diante. O outro, trabalhou e só falhou na pontaria. Traduzem-no um cabeceamento, um remate e um desvio de calcanhar, aos seis, 22 e 42 minutos, antes e depois dos golos sofridos.

Essas investidas traduzem a forma como o Desp. Aves se mostrou ao jogo, mesmo na desvantagem. Seria assim até final, sobretudo após a diferença mínima no marcador.

Porém, foi a equipa de Abel a gozar da eficácia, com frieza e instinto. A festa na primeira parte começou e acabou em Wilson Eduardo.

Desp. Aves-Sp. Braga: ficha e filme do jogo

O avançado apareceu de forma inteligente entre os centrais e, isolado, contornou André Ferreira, atirando a contar para o primeiro golo. Tudo começou num passe delicioso de João Novais. Meia hora demorou até novo êxito: o Sp. Braga arrastou jogo para a esquerda e libertou espaço ao meio. Foi aí que Claudemir apareceu para servir Wilson de primeira e o luso-angolano não desperdiçou. Pelo meio, Paulinho contribuiu para o desperdício, na cara de André Ferreira.

Jogar com o relógio e o sacrifício

O Sp. Braga esteve muito perto de dar a estocada final no marcador no reatamento, mas acabou a defender a vantagem mínima.

Wilson Eduardo desperdiçou o hat-trick aos 55 minutos, impedido por Vítor Costa já sem André Ferreira no lance e o Desp. Aves cresceu, sobretudo, a partir da hora de jogo.

Desp. Aves-Sp. Braga: os destaques do jogo

Muito contribuiu para isso a entrada de Vítor Gomes, que rendeu um apagado Braga. Baldé quase reduziu, mas Marafona fechou a baliza (63’). Só não impediu a cabeçada de Falcão aos 71’, a canto de Milos.

Foi este o golo que aumentou a expetativa e tirou qualquer gestão e controlo que ali pairava.

Já com Ricardo Horta em campo, o 1-2 obrigou a abdicar de Paulinho e a reforçar o meio campo com Ryller. Mas não foi por aí que o Sp. Braga estancou o jogo ofensivo avense. Provaram-no uma soberana ocasião de Jorge Fellipe (79’) e a defesa da noite de Marafona, a negar o 2-2 a Derley em cima da hora. Murillo, na resposta, ainda rematou ao ferro, mas a qualificação minhota foi mesmo à tangente.

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