«Oxalá estes jogadores possam jogar finais de Champions e Mundiais»

26 jan, 14:42

Vasco Seabra lembrou que o Estoril é inexperiente nestas fases das competições e assumiu que uma final «pouco esperada» é um «momento interessante no futebol português»

Vasco Seabra considerou que seria «impensável» o Estoril chegar à final da Taça da Liga e não ter pela frente um «adversário muito competente» como é o Sporting de Braga.

«É um adversário individualmente muito capaz. Era impensável chegar a uma final e não termos um excelente adversário, se estamos na final é porque tal como nós eliminou um adversário de muita qualidade», afirmou o treinador do Estoril em conferência de imprensa.

O técnico desvalorizou ainda que os canarinhos tenham menos um dia de descanso do que os minhotos, tendo preferido usar isso como uma «prova» aos jogadores e equipa técnica. Vasco Seabra lembrou também que o clube e toda a equipa são inexperientes nestas andanças.

«Também sou inexperiente nas finais. Penso que há 80 anos que o Estoril não chegava a uma final, é um momento histórico para o clube e estamos muito felizes por estar a viver este momento, mas estamos com a responsabilidade de podermos competir. O que nos apaixona é competir com os melhores, estar no lugar mais acima possível. Tem a ver com o que é ser um competidor. E se jogamos, gostamos de competir e desafiar. E desafiamo-nos contra os melhores. Queremos manter o nosso caráter. Não é ganhar duas ou três vezes que nos vai fazer melhores, é ganhar de forma consistente, mantendo esse caráter, que é o que vai levar a sermos mais capazes e tornar estes jogadores mais preparados para jogar finais todos os dias. Porque na quarta-feira temos outra final contra o Rio Ave. Oxalá eles [jogadores] possam jogar finais de Ligas dos Campeões, Europeus e Mundiais. O nosso desafio enquanto equipa técnica é que os nossos jogadores tenham essa visibilidade», frisou.

Vasco Seabra atirou o favoritismo para o lado da equipa de Artur Jorge e reconheceu que a final fugiu às previsões da maioria, mas pode ser um ponto de partida para mudar mentalidades no futebol português.

«Sentimos que vamos competir, somos "outsiders", estamos a desfrutar do jogo, mas desfrutamos de cada jogo. A equipa sempre competiu com vontade de chegar mais longe. Poder competir contra os melhores nestas decisões é extraordinário. É um momento interessante para o futebol português. Temos uma final que era pouco esperada e é um desafio para as duas equipas e para os dois grupos de adeptos. É interessante enquanto país sentirmos que queremos dar mais competitividade e visibilidade ao país, trazendo o maior número de adeptos ao estádio. Sentimos um calor incrível dos adeptos na meia-final, todos vestidos de amarelo, dá um colorido incrível», afirmou.

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