Amorim: «Queríamos jogar: de manhã, de tarde ou no dia a seguir»

6 fev, 12:51

Treinador do Sporting revelou o que se passou no sábado em Famalicão

Ruben Amorim falou pela primeira vez do jogo adiado do Sporting em Famalicão e revelou alguns pormenores da tarde de sábado. Na antevisão aos quartos de final da Taça de Portugal, o treinador dos leões garantiu que queria ir a jogo, assim como os famalicenses e a Liga.

O técnico da equipa de Alvalade reconheceu ainda que o adiamento do jogo do campeonato mudou o planeamento dos treinos.

«Queríamos muito jogar. Atrasou-se a hora do jogo, houve reunião atrás de reunião devido ao problema da falta de segurança para o jogo. Foi dito que no dia seguir também não era possível, agora tem de se arranjar nova data para o jogo. O que mudou foi o planeamento, tornou-se completamente diferente. Fizemos uma preparação para um jogo que não houve. Talvez o planeamento que temos na cabeça de "joga este e não joga aquele" mudou completamente, mas focámo-nos na Taça de Portugal. Temos de voltar às meias-finais. É muito importante para nós, é um objetivo da época. O foco, assim que entrámos no autocarro, passou a ser o jogo com a União de Leiria. É um jogo perigoso, temos tudo a perder e o que temos a ganhar é passar a eliminatória e é isso que vamos tentar fazer», começou por dizer aos jornalistas.

Amorim desvalorizou ainda que, com a vitória do Benfica, o Sporting tenha caído para o segundo lugar, embora com um jogo a menos.

«Não muda nada, depende da perspetiva. Na minha cabeça, estamos a dois pontos do primeiro classificado, queremos melhorar a nossa posição. Lidaremos jogo a jogo e faremos as contas no fim. Não tivemos contas esta semana, queríamos muito jogar, vai complicar o planeamento, mas vamos fazer os mesmos jogos que os adversários», frisou.

«É como se este jogo não existisse. Queremos ganhar o campeonato. Na minha cabeça, torna-se uma vantagem, porque queremos ir atrás do primeiro lugar, mesmo com um jogo a menos que, na minha cabeça, não existe», vincou.

O treinador do Sporting reconheceu que estar mais de uma semana sem jogar o deixa «desconfortável», porque a deslocação ao Minho foi preparada com «cargas muito baixas». Amorim explicou ainda as imagens onde apareceu no estádio do Famalicão, visivelmente desagradado, ao lado de Frederico Varandas.

«Toda a gente tem acesso, mas devia ser uma zona privada. Apareceu essa imagem, simplesmente não sabíamos se o jogo ia atrasar, se no domingo poderíamos jogar. O Sporting disse: “Nós queremos jogar”. Porque estamos num bom momento, não temos calendário, queremos jogar e ganhar os nossos jogos. Naquela altura precisava de saber se iria haver jogo ou não, porque os meus jogadores estavam a falar com outras pessoas. Havia jogadores do Sporting e Famalicão a falar de tudo e mais alguma coisa. O que queria era, se houvesse jogo, juntar os meus jogadores, acabava a brincadeira e íamos para jogo. Foi decido nas reuniões, em que eu não estive, que não haveria jogo. Nós queríamos jogar. De manhã, de tarde ou no dia a seguir, porque não temos calendário e estamos num bom momento», afirmou.

«O importante é que se perceba que estávamos dispostos e queríamos jogar. Éramos os principais interessados em haver jogo, por todas as razões, como o calendário», acrescentou.

O técnico leonino desvalorizou também as opiniões que correram nas redes sociais e apontaram que o adiamento do jogo do Sporting foi uma «cabala» contra a equipa.

«Não houve jogo, teremos de fazer o jogo, não sei quando vai haver. Espero que seja mais para a frente, é sinal que estamos nas competições todas e será um bom sinal. É normal que as pessoas pensem [que é uma cabala], porque naquela zona houve muitos jogos no fim de semana e foi o único jogo [adiado]. Eu não penso assim. Foi o primeiro jogo [adiado], um jogo com visibilidade, acho bem que os polícias lutem pelos seus direitos e, se calhar, têm todas as razões para isso. As pessoas olharam para isso e viram que foi o único jogo [da Liga] que não existiu, quer no sábado, quer no domingo. Pode causar alguma estranheza. Eu não penso nada disso. Foi o primeiro jogo e toda a gente se preparou para os jogos a seguir e foi mais fácil remediar a situação. Toda a gente ali, Famalicão, Sporting e Liga quis jogar», rematou.

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