Bas Dost: «Não estou a pensar sair, primeiro quero um título»

9 mai 2017, 15:18
Bas Dost (Sporting) - 28 golos, 56 pontos

Avançado holandês, em entrevista à «Gazzetta dello Sport», atribui o sucesso que teve esta temporada, aos nível dos golos, a Jorge Jesus

Bas Dost diz que deve tudo a Jorge Jesus numa entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, em que o avançado holandês fala da temporada dos leões e na corrida à Bota de Ouro com Lionel Messi. O avançado fala ainda numa proposta de 40 milhões de euros que chegou em janeiro e na vontade em não sair de Alvalade enquanto não foi campeão.

«Vim para aqui dar o meu melhor, mas nem pensava em entrar no top10 da Bota de Ouro. Tive a sorte de marcar na estreia, à 4ª jornada, frente ao Moreirense e isso deu-me confiança. Depois disso marquei em quase todas as jornadas [18 em 29]. Chegar a esta altura e estar quase ao nível de Messi é incrível. Mas quando não marco num jogo ainda oiço críticas», começa por contar o goleador holandês.

O avançado já tinha feito uma temporada parecida na Holanda, mas na Bundesliga, ao serviço do Wolfsburgo, nunca marcou tantos golos como no Sporting. «Foi o Jorge Jesus que me convenceu quando me explicou que o Sporting ia jogar com dois extremos e um craque atrás de mim, de forma a ter muitos cruzamentos e assistências. Disse-me que eu devia jogar no interior da área, como puro avançado, para explorar ao máximo as minhas potencialidades. E assim foi. Se recuar no tempo, o responsável por esta época é ele, Jorge Jesus», conta.

Em janeiro Bas Dost esteve muito perto de rumar à China, para assinar pelo Tianjin Quanjian, treinado por Fabio Cannavaro. «Eu e o clube recusámos. Eles ofereceram 40 milhões, uma loucura, o Sporting tinha-me comprado um ano antes por um quarto disso», revela.

O avançado decidiu ficar e não tenciona sair do Sporting quando o mercado reabrir no verão, pelo menos enquanto não conquistar um título. «Estava a precisar de um treinador assim, que me desse confiança. Ele acreditou em mim, sabe como gosto de jogar e montou uma equipa em meu redor que me ajuda muito. Não estou a pensar deixar o Sporting, primeiro quero conquistar um título», prosseguiu.

Um título que os leões perseguem desde 2002, mas Bas Dost acredita que está perto. «Espero vencer na próxima época. Com certeza que vamos lutar para triunfar. Se esta equipa não perder elementos importantes no mercado, estamos perto do nível do Benfica e do FC Porto, mas perdemos muitos pontos com equipas mais pequenas, como a derrota com o Rio Ave e os empates que cedemos diante do Chaves, Tondela e Nacional», refere.

Bas Dost adaptou-se bem à liga portuguesa, embota encontre muitas diferenças para os outros campeonatos onde jogou. «Em Portugal, as equipas, especialmente as pequenas, defendem muito, é difícil marcar golos se ganhares por 1-0 já é bom. Na Bundesliga há mais equipas, podes vencer qualquer jogo, os jogos são mais abertos e combativos, há mais equilíbrio», conta.

Uma veia goleadora que o avançado também explica com a beleza e o clima de Lisboa. «É uma cidade fantástica e um país bonito, o clima é sempre quente, muito sol. Eu venho de Deventer, onde chovia muito e faz frio. As pessoas também são muito tranquilas, sociáveis, relaxadas, eu gosto muito. Talvez também por isso, por estar feliz, é que marco tantos golos», referiu.

O avançado holandês falou ainda das suas referências na juventude. «Gostava dos grandes avançados, dos que marcavam mais golos. Há dez anos acompanhava a Série A e via o Hernan Crespo, Pippo Inzaghi, jogadores como eu, que não tocam muito na bola, mas tinham uma média impressionante de golos. Estavam sempre no sitio certo. Um remate, um golo».

Por falar em golos, Bas Dost destaca um especial que marcou esta época. «Aquele que marquei ao Belenenses. Vínhamos de um período difícil (3 derrotas em 4 jogos) e em período de compensação o Joel Campbell fez-me uma assistência fantástica e eu metia-a lá dentro. Foi mesmo antes do Natal, foi um presente perfeito para todos nós», contou ainda.

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