«Matheus Nunes? Se alguém foi incoerente, não foi o treinador»

Adérito Esteves , Estádio José Alvalade, Lisboa
19 ago 2022, 17:06

Ruben Amorim não se escondeu na hora de falar sobre a saída do médio para o Wolverhampton, já com a época a decorrer

A saída de Matheus Nunes para o Wolverhampton foi o tema que dominou a semana antes do Clássico entre o FC Porto e Sporting, e dominou também a conferência de imprensa de antevisão à partida de sábado.

Com Hugo Viana sentado na sala de imprensa, Ruben Amorim respondeu a todas as questões relacionadas com a perda de um jogador que assumira ser fundamental, e que o levou a abdicar de outros, para o segurar no plantel.

«É difícil porque saiu o colega do lado [Palhinha]. Já tínhamos perdido o melhor marcador [Sarabia], mas isso faz parte do futebol. Não sei o que mudou, mas sei desde o primeiro momento que o Matheus podia sair e que a vontade da direção era tirar. Nós fizemos tudo para o manter. Depois passámos para um plano B, que passou por vender tentar vender toda a gente – o Tabata… - para manter os nossos melhores. Apareceu novamente esta proposta aliciante e a direção faz as suas escolhas. Eu sou empregado do clube e não controlo essas coisas», começou por dizer.

Nesse sentido, Amorim diz que até pode haver quem no processo possa ser acusado de inocência. Mas que não será ele.

«Se há pessoa coerente sou eu. Por isso, essa pergunta não é para mim. O Tabata saiu para segurarmos o Matheus. Vendemos porque o Matheus não queria sair. Eu não posso ficar com todos, sempre soube isso, mas se o Matheus não queria sair, encontrámos outras opções para o podermos manter. Por isso, a incoerência não é do lado do treinador», declarou.

O treinador do Sporting aproveitou ainda para negar as notícias de que teria ficado chateado com Matheus Nunes, fazendo-lhe uma verdadeira declaração.

«Eu não leio, mas vieram dizer-me que escreveram que eu tinha ficado chateado com o Matheus e não é verdade. Eu adoro aquele miúdo e o que mais quero é que ele seja feliz. Eu sou muito agarrado aos jogadores e nunca ficaria chateado com ele».

«As coisas mudam. Não sei o que foi falado da parte dos empresários. Onde estará o Matheus para o ano. Ele seguiu a vida dele, mas adoro-o, ele está marcado na minha vida e vamos ser sempre amigos. Se estou aqui é por causa do Matheus, do Nuno Mendes, do Palhinha… Eles que sejam felizes, porque de certeza que ajudarei outros a serem felizes durante a carreira», completou.

Já sobre o dinheiro da transferência, Amorim revela que o mesmo não será para investir no plantel.

«Obviamente, não vamos gastar o dinheiro do Matheus. Ele foi vendido para fazer face a coisas do dia a dia do clube. Não vamos estar a fazer grandes mudanças. É difícil contratar nesta fase porque os clubes não querem vender. Eu não tenho ideia nenhuma, e normalmente preciso de tempo para amadurecer uma ideia», finalizou.

[artigo atualizado]

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