Adelino Teixeira diz que não há equipas imbatíveis O treinador da selecção que enfrentou hoje o batalhão de jornalistas que queria novidades de Portugal foi Adelino Teixeira. O adjunto de Humberto Coelho disse que a equipa está na máxima força e vai jogar sem complexos com a França.
«Não há equipas imbatíveis.» É com esta velha máxima que a equipa técnica
define a abordagem ao jogo com a França. Adelino Teixeira, o técnico
escolhido para enfrentar o impressionante batalhão de jornalistas presente
em Ermelo, anuncia uma Selecção preparada para «jogar sem complexos». «Até
porque os nossos jogadores estão em excelente momento de forma.»
Rejeitando a possibilidade de alguma marcação especial a Zidane, Teixeira
recordou que «não é hábito desta equipa modificar a sua forma de jogar nesse
aspecto». «Mas podem estar certos de que foi feito um trabalho de análise ao
adversário, que nao passa por cuidados especiais em relação a qualquer
jogador, mas sim a todos eles.»
Com a totalidade dos jogadores portugueses operacionais, o colaborador de
Humberto põe as mãos no fogo pela condição física da selecção: «Não há
vestigios de cansaço, os níveis de resposta continuam elevados, no treino e
nos jogos.»
O nervosismo tende a diminuir
Um olhar sobre alguma insatisfação dos jogadores pela exibição efectuada
diante da Turquia permite projectar o jogo de quarta-feira: «É verdade que
as coisas não correram tão bem como podiam. Mas era um jogo especial, a
primeira das nossas finais. E há sempre alguma carga nervosa, que esta
selecção acusou.»
Algo que pode lancar inquietações, sobretudo se pensarmos que esta «segunda final» será jogada diante de um adversário de outra dimensão: «Temos de ter alguma contenção, não podemos esperar que tudo seja perfeito. Contra a Turquia, a exibição foi razoavel, atendendo à importância do jogo. De qualquer forma, o nervosismo tende a diminuir do primeiro para o segundo jogo. Já tivemos essa lição, sobre os riscos de querer fazer tudo bem e depressa, e aprendemos com ela.»
Adelino Teixeira não tem qualquer problema em aceitar o favoritismo dos
franceses: «O campeão do mundo é sempre favorito, seja com quem for e em que
campo for. Mas o nosso grupo sente as atenções da Europa sobre si, e está
disposto a contrariar esse favoritismo.»
Algo que leva o técnico da FPF a rejeitar a ideia de uma vitória a qualquer custo: «Queremos chegar à final com fair-play, mercendo o apuramento e exibindo os argumentos habituais», garantiu.