Nuno Gomes pressentiu primeiro golo João Pinto fala do seu golo de cabeça e diz que se pode esperar tudo da Roménia, no próximo jogo. Nuno Gomes conta como adivinhou que ia marcar o primeiro golo, que dedica à esposa, à filha e a Sá Pinto
EINDHOVEN - No final do jogo, João Pinto respondeu bem-disposto à perplexidade de um jornalista francês, que lhe perguntava como é que marcava golos de cabeça, sendo um dos jogadores mais baixos em campo. «Quando os centros são bem feitos, a altura não é tão importante. Mas sempre estive à vontade nesse tipo de jogo», explicou.
João Pinto foi um dos elementos decisivos na vitória e provou em campo aquilo que tinha vindo a afirmar na última semana - que a forma como saiu do Benfica não iria afectar o seu rendimento na selecção. «Nunca se sabe o que vai acontecer no campo, mas pelo menos sabia que, quanto a empenhamento e determinação, podia responder por mim», comentou o jogador.
«Este foi certamente um dos jogos mais bonitos deste Europeu. Estivemos muito fortes, confiantes e o resultado tem de nos moralizar. O Euro 96 serviu para ganhar experiência, por isso é natural que agora estejamos mais fortes», prosseguiu João Pinto, que alerta, tal como os seus companheiros, para as dificuldades do próximo jogo: «Da Roménia pode esperar-se sempre de tudo um pouco. É uma equipa capaz de tudo e que nos conhece bem.»
Nuno Gomes e o primeiro golo
Nuno Gomes partiu para este jogo com um pressentimento de que iria marcar o seu primeiro golo pela selecção. «Pessoalmente sentia-me bem e sabia que, se tivesse uma oportunidade, era capaz de corresponder. Nunca sabemos quando vamos marcar, mas ainda bem que o meu primeiro golo na selecção surgiu neste jogo. Antes do jogo tinha ligado para casa e tinha dito que era hoje que ia marcar. Por isso quero dedicar este golo à minha mulher e à minha filha e também ao Sá Pinto, que antes do jogo veio ter comigo a dizer-me que eu ia marcar», contou o avançado.
Para Nuno Gomes, o resultado podia até ter sido mais dilatado. «Aquele lance de génio do Figo foi muito importante, especialmente por ter vindo logo a seguir ao 2-0. Devido ao esforço que fizemos para empatar recuámos um pouco na segunda parte. Mas fizemos um golo e podíamos ter feito mais até ao fim», afirmou, mostrando-se esperançado, apesar do esforço da noite de Eindhoven, numa boa recuperação para a partida com a Roménia: «O jogo foi muito desgastante, mas com o nosso programa de treinos cinco dias chegam para recuperar.»
