OMS considera vacinação de crianças "menos urgente" e apela à vacinação dos adultos

24 nov 2021, 12:52

Organização apela ainda à distribuição das vacinas pelos países mais pobres, que apresentam "extrema escassez de vacinas"

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu esta quarta-feira um comunicado, no qual salienta que a vacinação das crianças contra a covid-19 apresenta "menos" benefícios ao nível da redução do risco de doença grave e morte do que a vacinação dos adultos.

"Tendo em conta que as crianças e adolescentes tendem a apresentar doença ligeira em comparação com os adultos, a não ser que estejam num grupo de alto risco de contrair doença grave, é menos urgente vacinar as crianças do que as pessoas mais velhas, que têm condições de saúde crónicas, bem como profissionais de saúde", disse fonte da OMS, citada pela Reuters.

Nesse sentido, e uma vez que vários países do mundo enfrentam "extrema escassez de vacinas", a organização apela à distribuição global de vacinas contra a covid-19 pelos países com taxas de vacinação mais elevada antes de vacinar as crianças e adolescentes.

Esta quinta-feira, prevê-se que a Agência Europeia do Medicamento (EMA) anuncie uma decisão quanto à vacinação das crianças dos cinco aos 11 anos, uma questão que tem suscitado algumas dúvidas entre os pediatras e autoridades de saúde portuguesas. A DGS pediu, aliás, um parecer técnico ao grupo de trabalho de pediatras que se pronunciou sobre a vacinação dos adolescentes no verão passado.

O pneumologista Manuel Carmo Gomes adiantou à CNN Portugal que, assim que a EMA submeter esse parecer, a Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 “apreciará” o assunto e “emitirá o seu parecer à DGS”, sem precisar datas.

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