Ivan Dimitrov rabiscou o nome dele e o da namorada nas paredes do Coliseu. Enfrenta problemas mas invoca ignorância: "Desconhecia a antiguidade deste monumento"

5 jul 2023, 22:49
Vista do Coliseu de Roma. Junho 2019. Foto: EyesWideOpen/Getty Images

Pode ter de pagar até 15.000€ e arrisca ainda pena de prisão

Ivan Dimitrov, um instrutor de fitness de 27 anos de Bristol, no Reino Unido, apresentou um pedido de desculpas ao presidente da Câmara de Roma, Roberto Gualtieri, pelas suas ações depois de ter rabiscado o seu nome e o da namorada numa das paredes internas do histórico Coliseu, que tem mais de 2.000 anos. Ivan Dimitrov foi localizado pela polícia italiana em Inglaterra após cinco dias de buscas.

Numa carta publicada no Il Messaggero, Ivan Dimitrov diz não se ter apercebido da "gravidade do ato que cometeu". Pediu sinceras desculpas aos italianos e ao mundo inteiro pelos "danos causados a um monumento que é verdadeiramente património de toda a humanidade". Elogiou também aqueles que preservam o valor histórico e artístico do Coliseu e pediu desculpa pela ignorância que evidenciou: "É com profundo embaraço que só depois deste infeliz incidente me apercebi da antiguidade do monumento".

Este instrutor de fitness enfrenta uma pesada multa e uma possível pena de prisão. Ivan Dimitrov, que vestia uma camisa azul florida, foi filmado por um turista americano a gravar "Ivan + Hayley 23" na parede do monumento. O vídeo foi publicado no YouTube com o título "Idiotic Tourist Carves Name on Colosseum in Rome" e posteriormente foi partilhado nas redes sociais, alertando a polícia para o incidente. Ryan Lutz, a pessoa que filmou o vídeo, afirmou que os guardas do Coliseu não mostraram qualquer interesse nas suas imagens.

Ivan Dimitrov está a ser investigado por danificar um local de património cultural e, se for condenado, pode enfrentar uma multa que varia entre 2.500 e 15.000 euros, bem como uma pena de prisão de dois a cinco anos. A sua namorada, Hayley, não está atualmente a ser investigada, embora possa ser considerada "cúmplice", segundo a imprensa italiana.

"O jovem é o protótipo de um estrangeiro que acredita de forma leviana que tudo é permitido em Itália, mesmo o tipo de ato que seria severamente punido nos seus próprios países", afirmou o advogado de Ivan Dimitrov, Alexandro Maria Tirelli, ao Il Messaggero. "Não lhe perguntámos por que razão o fez; isso caberá a um juiz ouvir. Limitámo-nos a informá-lo de que era suspeito e de que fazia parte da investigação", acrescentou o advogado.

Relacionados

Europa

Mais Europa

Patrocinados