Taxa de risco de pobreza fixou-se em 17% em 2022, 0,6 pontos percentuais acima do registado no ano anterior. Menores de 18 anos foram os mais afetados por este agravamento.
Por cada 100 pessoas que vivem em Portugal, 17 estavam em risco de pobreza em 2022, o que significa que ganhavam menos de 591 euros líquidos por mês. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo INE, a taxa de risco de pobreza aumentou entre os anos de 2021 e 2022. Por outro lado, entre quem tem um emprego registou-se um recuo neste indicador, ainda que apenas de 0,3 pontos percentuais (p.p.).
“Os resultados do inquérito às condições de vida e rendimento, realizado em 2023 sobre rendimentos do ano anterior, indicam que 17,0% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2022, mais 0,6 p.p. do que em 2021″, indica o gabinete de estatística, no destaque divulgado esta manhã.
Esta trajetória abrangeu todos os grupos etários, mas uns registaram agravamentos mais expressivos do que outros. Os menores de 18 anos, por exemplo, viram a taxa de risco de pobreza aumentar 2,2 p.p. em 2022 face a 2021. Já entre os adultos em idade ativa a subida de 0,4 p.p. e entre os idosos o aumento foi de 0,1 p.p.
Por outro lado, os dados agora conhecidos mostram que o risco de pobreza não afeta de igual modo homens e mulheres. “O crescimento da taxa de risco de pobreza afetou mais significativamente as mulheres (mais 0,9 p.p., de 16,8% em 2021 para 17,7% em 2022) do que os homens (mais 0,3 p.p., de 15,9% em 2021 para 16,2% em 2022)”, salienta o INE.
Já quanto ao impacto das habilitações literárias no risco de pobreza, as estatísticas publicadas esta manhã permitem perceber que a população que tem concluído somente o ensino básico está mais exposta: 22,7% destes portugueses ganhavam menos de 591 euros líquidos em 2022.
Em comparação, 13,5% da população que terminou o ensino secundário ou pós-secundário e 5,8% para a população que concluiu o ensino superior estão nessa situação.
Outro fator relevante é a situação do indivíduo no mercado de trabalho. Por outras palavras, enquanto a taxa de risco de pobreza para a população empregada diminuiu de 10,3% em 2021 para 10,0% em 2022, na população desempregada aumentou de 43,4% para 46,4%.
(Notícia em atualização)