Dani Rodrigues esteve três temporadas no clube-sensação de Inglaterra e foi colega de equipa do atual técnico. «Até eu estou surpreendido, nunca imaginei um dia ver o Chelsea ou o ManUtd no Goldsands Stadium»
Ato 1. Fevereiro de 2008:Ato 2. Verão de 2008:
Ato 3. Junho de 2009:
devolve a estabilidade financeira ao Bournemouth. A temporada 2009/10 acaba por decorrer acima das expetativas e o Bournemouth termina no segundo lugar. Sobe à League One – terceiro escalão – e só não repete o feito na temporada 2010/11 porque perde frente ao Huddersfield no play-off de acesso ao Championship. É nesta altura que o russo Maxim Demin assume a co-propriedade do clube com Mostyn e passa a ser o investidor-mor do projeto.
O treinador Eddie Howe, um dos heróis na subida à Premier League
Great scenes at the end. #Memories #afcb @afcbournemouth pic.twitter.com/pRdRCRnCku
— Fletch (@SteveFletcher33) April 28, 2015
Dani Rodrigues: «Trago o Bournemouth no meu coração»
Bournemouth, cidade de 183 mil habitantes na costa sul de Inglaterra. Urbe virada para o turismo, com praias de areal extenso e mar encrespado. Fica a 151 quilómetros de Londres e é falada por toda a Europa por culpa da sua equipa de futebol.
O pequeno estádio - dentro do contexto britânico - da equipa chama-se Dean Court , mas é mais conhecido por Goldsands . Tem capacidade apenas para 12 mil pessoas e promete encher semana após semana durante a próxima época.
Como seria de esperar, há um português importante na história recente do clube. Ainda antes da queda abrupta até ao fundo do poço, Dani Rodrigues vestiu a camisola dos The Cherries. Primeiro na temporada 1998/99, mais tarde de 2004 a 2006.
O antigo internacional sub20 português - esteve no Mundial de 1999 - recorda ao Maisfutebol os dias felizes em Bournemouth.
«Até eu fiquei surpreendido com tudo isto. Nunca imaginei poder ver um dia o Chelsea ou o ManUtd no pequeno Goldsands. O clube é fantástico, com muita gente boa, mas de pequena dimensão. Guardo grandes recordações, apesar das grandes dificuldades financeiras que o Bournemouth passava» , lembra Dani Rodrigues, de 35 anos e afastado desde 2012 do futebol. «Tive quatro lesões gravíssimas...»
«Bem, no Bournemouth os dirigentes respeitavam-nos. Não havia dinheiro, mas iam ao balneário, davam a cara, diziam que pagavam no dia tal e pagavam mesmo. E os adeptos também eram soberbos, fanáticos no bom sentido» .
Dani fazia toda a sua vida na cidade e tornou-se rapidamente numa estrela. «Mesmo no supermercado vinham ter comigo e pediam autógrafos. Isto num clube do terceiro escalão inglês!»
Eddie Howe, o técnico que conduziu o Bournemouth à Premier League, foi colega de equipa de Dani Rodrigues. «Sim, era um defesa central interessante. Já revelava interesse pelo cargo de técnico, como quase todos os atletas ingleses. É uma questão quase cultural» .
Dani Rodrigues fez a formação no Feirense e saltou para Inglaterra com 18 anos. Brilhou logo com a camisola do Bournemouth e transferiu-se para o Southampton. «Joguei três anos na Premier League» , sublinha ao nosso jornal.
Até aos graves problemas físicos surgirem, Dani Rodrigues vivia a carreira que sempre sonhou.
«Fui dispensado pelo Gordon Strachan, mas com muito respeito. Chamou-me, disse-me que nunca me tinha visto jogar, porque eu estava parado há um ano, e que não contava comigo. O técnico anterior, o Glenn Hoddle, saíra e o Strachan assumiu a equipa. Aconselho os campeonatos ingleses a qualquer jogador português» .
Bristol, Walsall, Ionikos (Grécia), Yeovil Town, New Zealand Knigths (Nova Zelândia), Eastleigh, Dorchester, Onisilos (Chipre), Omonia Aradippou (Chipre) e DOXA (Chipre) foram os restantes clubes da carreira de Dani Rodrigues.