Governo diz que tem até ao final do ano para decidir se trava ou não aumento de 6,94% das rendas das casas

CNN Portugal , DCT
12 set 2023, 11:44
Casas, habitação, bairro típico, Lisboa. Foto: Tim Graham/Getty Images

Uma renda atual de 500 euros pode agravar-se 34,7 euros mensais. Já uma renda de 1.000 euros pode subir 69,4 euros/mês

O Ministério da Habitação não comenta a atualização da variação no índice de preços no consumidor nos últimos 12 meses, anunciada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e que se fixa nos 6,94%. Este valor é que o serve de referência para a atualização das rendas das casas a partir de janeiro de 2024. 

Contactado pela CNN Portugal, o Ministério da Habitação, tutelado por Marina Gonçalves, diz que ainda está a analisar e que tem até ao final do ano para tomar uma decisão, isto é, um eventual travão ao preço das rendas, uma vez que estes valores vão ter impacto apenas no próximo ano.

Refira-se que as rendas em 2023 deviam ter aumentado 5,43% mas o Executivo liderado por António Costa decidiu impor um limite de 2%, compensando os senhorios pela diferença através da via fiscal. Proprietários e inquilinos já se queixaram sobre toda esta indefinição relativamente ao ano que vem.

Se a atualização de 6,94% for aplicada em 2024, as rendas vão sofrer uma subida mais acentuada face ao aumento de 5,43% que iria vigorar este ano mas que acabou por ficar, como referido, em 2% devido à norma-travão do Governo.

Tal como mostram as contas da CNN Portugal, com este valor de inflação uma renda atual de 500 euros pode agravar-se 34,7 euros mensais, já uma renda de 1.000 euros pode subir 69,4 euros/mês (o que dá respetivamente 416,4€ e 832,8€ a mais anuais - ou seja, uma espécie de 13º mês face aos montantes mensais de 2023).

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