PSD considera "uma criancice" e "uma infantilidade" a moção de censura do Chega ao Governo mas não vai votar contra

14 set 2023, 12:36
Montenegro (LUSA)

Sociais-democratas vão optar pela abstenção

O líder do PSD, Luís Montenegro, considera que a moção de censura do Chega, "pré-anunciada com meio ano de antecedência", "é uma criancice" e "uma infantilidade". "É uma moção melhoral, nem faz bem nem faz mal - alivia as dores do Governo momentaneamente quando a maioria se levantar para votar contra. O partido proponente vai gastar a sua oportunidade na primeira semana para depois se andar a queixar um ano", disse Montenegro na reunião do grupo parlamentar, de acordo com os relatos feitos à CNN Portugal.

Apesar das críticas, o PSD não vai votar contra a moção do Chega - vai abster-se. A moção vai ser formalizada esta sexta-feira, primeiro dia da segunda sessão legislativa, e deve ser debatida e votada na próxima terça-feira.

"Esta moção vai fazer baixar as prestações das famílias? Esta moção vai fazer baixar os preços dos alimentos e da habitação? Esta moção acaba com o assalto fiscal? Esta moção de censura resolve os problemas do serviço nacional de saúde?", questionou Luís Montenegro para justificar o que considera ser a inutilidade da iniciativa do Chega.

Montenegro garante que a estratégia do PSD é diferente da do Chega: "Nós não brincamos às moções, nós apresentamos soluções. O importante é o debate do dia seguinte: baixar os impostos", disse o líder social-democrata.

"O PSD é o partido da classe média: daqueles que dependem do seu trabalho, do produto do seu esforço. Aqueles que estão asfixiados pelos impostos", disse Luís Montenegro, para quem "a prioridade é baixar os impostos sobre o rendimento": "Eu quero que os portugueses percebam e tenham a certeza: esta é a nossa prioridade".

 

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