Liga: análise da 17ª jornada

11 jan 2016, 22:49
Sporting-Sp. Braga (Reuters)

Reviravolta, goleadas e nevoeiro a fechar a primeira volta

Os três candidatos ao título terminaram a primeira volta com demonstrações claras de força, mas em diferentes contextos. O Sporting esteve a perder 0-2 com o Sp. Braga, mas reagiu com uma espetacular reviravolta e venceu por 3-2. O FC Porto, sob o comando de Rui Barros, também reagiu à saída de Julen Lopetegui com a maior goleada da temporada ao Boavista (5-0). O Benfica, por seu lado, também goleou o Nacional (4-1), com um «hat-trick» de Jonas, num jogo disputado em dois dias, com o nevoeiro a voltar a assombrar a Choupana
. Uma ronda sem empates e com 34 golos marcados.

17.ª jornada: crónicas, fotos e toda a informação

 
Uma jornada que teve um domingo gordo, com seis jogos, mas que começou no sábado, com a receção do V. Guimarães ao Arouca num jogo em que a equipa de Sérgio Conceição voltou a demonstrar que não se sente confortável em casa, permitindo o empate depois de ter chegado ao intervalo a vencer por 2-0.


 
Reviravolta em Alvalade


Domingo foi bem mais animado, com destaque para a enchente em Alvalade (mais de 42 mil adeptos), num jogo marcado para as 16 horas da tarde (coisa rara). Na memória estava ainda o sensacional jogo da Taça de Portugal entre os dois emblemas, realizado em dezembro, e a verdade é que as duas equipas voltaram a proporcionar um espetáculo que, apesar de não ter tido a mesma intensidade, não deixou de ter emoção a rodos.
 
A equipa de Paulo Fonseca chegou ao intervalo a vencer por 2-0, com golos marcados mesmo na ponta final da primeira parte, mas os leões viraram o jogo numa sensacional segunda parte que começou com os adeptos a cantar, em uníssono, «nós acreditamos em vocês». Um voto de confiança que lançou a equipa de Jorge Jesus para uma sensacional reviravolta que começou com uma polémica grande penalidade, convertida por Adrien, e ficou concluída apenas no último minuto, com uma cabeçada do inevitável Slimani.


 
Os leões já sabiam à partida que, qualquer que fosse o resultado, iam terminar a primeira volta no topo da classificação, mas depois de baterem o Sp. Braga também garantiam que, no mínimo, iam conservar a vantagem de quatro pontos sobre os mais diretos adversários. Um jogo especial, por toda a emoção que envolveu, mas também por ter sido a primeira vez, desde a chegada de Jesus, que o Sporting virou um resultado na Liga.

FC Porto solta-se sem Lopetegui

 
Entretanto, o novo FC Porto, órfão de Julen Lopetegui, entrou em campo logo a seguir, no Estádio do Bessa, para o primeiro round
com o Boavista [voltam a jogar nesta quarta-feira para a Taça de Portugal]. Sem o espanhol no banco, a equipa, que vinha de dois jogos sem vencer, soltou-se para a goleada mais expressiva da temporada, com cinco golos sem resposta, com Aboubakar a marcar os primeiros golos de 2016.


 
Mas houve mais na tarde de domingo, com destaque para a goleada do Marítimo que, depois de ter sido cilindrado na Luz (0-6) entregou a fatura ao Moreirense (5-1), com Marega também a bisar neste jogo. O Estoril, por seu lado, também quebrou um longo jejum de dez jogos sem vencer e bateu o Belenenses por 2-0, enquanto o Rio Ave só precisou de um golo de Guedes para derrubar o União da Madeira. A Académica esteve a perder em casa diante do último classificado, o Tondela, mas acabou também por virar o resultado para 2-1, ganhando novo alento na fuga aos últimos lugares.
 
Jonas, o Dom Sebastião da Choupana


Domingo devia ter fechado com a receção do Nacional ao Benfica, mas cedo começaram a chegar notícias que o jogo podia ser adiado, uma vez que o nevoeiro já rondava a Choupana. O jogo ainda começou, mas acabou interrompido sete minutos depois. Foi a terceira jornada em que o nevoeiro foi protagonista
e a segunda vez em jogos com o Benfica que já tinha adiado o jogo com o União. As negociações para nova data fizeram-se logo ali no relvado e o Nacional, apesar de defrontar o Gil Vicente na quarta-feira, para a Taça de Portugal, acedeu às pretensões do Benfica que queria jogar já na segunda-feira.


 
Assim, foi. O reatamento do jogo ficou marcado para o meio-dia e a equipa de Rui Vitória entrou em força, apesar do mau estado do relvado, com Jonas a abrir o marcador ainda na primeira parte. O Nacional ainda empatou, na sequência de um erro crasso da defesa do Benfica, mas Jonas marcou por mais duas vezes, antes de Mitroglou fixar o resultado final em 4-1. O avançado brasileiro voltou a ser a grande figura do ataque do Benfica, o melhor da Liga (45 golos), reforçando o estatuto de melhor marcador da Liga
, contando já com 18 golos, mais cinco do que Slimani.
 
A primeira volta só ficou fechada na segunda-feira à noite, com o triunfo do Paços de Ferreira sobre um Vitória de Setúbal
já órfão de Suk, em trânsito para o FC Porto. Bruno Moreira marcou os dois golos da equipa de Jorge Simão, reforçando o estatuto de melhor marcador português.

Confira o calendário e a classificação da Liga depois de concluída a primeira volta

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