Fecho de serviços de obstetrícia é “objeto de preocupação”. Marcelo diz que é o momento “para investir, para reestruturar, para se repensar” o SNS

CNN Portugal , DCT
11 jun 2022, 13:20
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante a visita ao Royal Brompton & Harefield Hospital, no ambito das comemorações do 10 de junho, Dia de Portugal, em Londres, Inglaterra, 11 junho 2022. (Lusa/Manuel de Almeida)

“A pressão sob a urgências tem precisamente a ver com a necessidade de ainda reforçar e valorizar as unidades de saúde familiares”, destacou o Presidente da República

O Presidente da República vê com “preocupação” o fecho de alguns serviços de obstetrícia em Portugal e adianta que “a pressão sob a urgências tem precisamente a ver com a necessidade de ainda reforçar e valorizar as unidades de saúde familiares”, frisando a importância da reestruturação do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Marcelo Rebelo de Sousa falou à margem da visita ao Royal Brompton & Harefield Hospital, em Londres, cidade que acolhe as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, e aproveitou o momento para frisar que “o investimento no Serviço Nacional de Saúde é uma das medidas já anunciadas para coincidir com o PRR [ Plano de Recuperação e Resiliência], foi assumido o compromisso”.

Sobre o encerramento dos serviços de obstetrícia, Marcelo Rebelo de Sousa aprontou-se a dizer que “houve uma situação num momento crítico durante este fim de semana longo, não em todos os serviços, mas em alguns serviços de obstetrícia”, porém, reconheceu que “obviamente não deixa de ser objeto de preocupação, mas esse ponto é um ponto crítico específico e temos de olhar para esses pontos específicos, complexos, com outro muito importante, que são os cuidados [de saúde] primários”. 

A pressão sob a urgências tem precisamente a ver com a necessidade de ainda reforçar e valorizar as unidades de saúde familiares, mas a ideia é olhar para o sistema como um todo e ir introduzindo as mudanças necessárias para o adaptar à realidade”, destacou.

“Estes dois anos foram muito difíceis”, disse, em declarações aos jornalistas, voltando a frisar que é o momento “para investir, para reestruturar, para se repensar” o SNS. 

De Braga a Setúbal: saiba quais são os serviços de obstetrícia que não vão receber grávidas nos próximos dias

Este sábado, os hospitais de Setúbal, Barreiro e Almada não vão receber grávidas durante, pelo menos, o período noturno e na segunda-feira, dia 13, a lista estende-se ao Hospital Amadora-Sintra e ao Hospital São Francisco Xavier, ambos em Lisboa. 

Amanhã será o Hospital de Braga a não abrir portas durante o dia, não havendo médicos suficientes para assegurar as escalas: em vez de cinco médicos obstetras, estarão apenas disponíveis dois para cumprir uma escala de 24 horas.

De hoje até segunda-feira, haverá ainda constrangimentos no Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, e no Centro Hospitalar de Setúbal, que apresenta constrangimentos já este sábado.

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