Autarca do Porto mudou a opinião sobre a divisão administrativa do país em regiões. Agora é a favor
Rui Rio quer um referendo sobre a regionalização, mas só depois de uma lei aprovada em Assembleia da República. O autarca do Porto diz ter mudado de opinião em relação a 1998, quando votou contra a divisão administrativa por regiões.«É possível neste momento acentuar o debate e procurar fazer um diploma que possa vir a ser votado e depois referendado pelos portugueses», disse Rio à Lusa.
O presidente da Câmara Municipal do Porto defende uma consulta popular que coincida com um diploma a ser aprovado pelo Parlamento.
Regionalização sim, diz, «mas através de uma lei já votada na Assembleia da República, em que as pessoas soubessem que estavam a decidir exactamente aquilo e não a passar um cheque em branco para uma lei posterior», argumentou Rio num seminário internacional sobre regionalização, que decorre no Porto.
Mas não para já. «Para efeitos do referendo em concreto, questiono se é este o momento oportuno», afastando a ideia de levar a regionalização a referendo já em Fevereiro ou Março.
Quanto ao modelo, Rui Rio quer que seja «o mais consensual possível», defendendo que «não pode ser uma mera transferência do modelo das autarquias para as regiões». Além disso, «é preciso redefinir os círculos eleitorais para a Assembleia da República», admitindo uma pequena redução do número de deputados.
