Cada polícia deslocado para a Jornada Mundial da Juventude vai receber 43,39 euros por dia de ajudas de custo

Agência Lusa , AM
15 jun 2023, 23:53
Polícia de Segurança Pública

PSP vai destacar 1.800 polícias de outros comandos do país para reforçar o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis), a que se juntam 1.000 alunos das escolas da PSP

O diretor da PSP garantiu que estão resolvidas as questões logísticas dos polícias deslocados em Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude, esclarecendo que cada elemento vai receber 43,39 euros por dia de ajudas de custo.

“Os polícias deslocados e que pernoitam em Lisboa estão em diligência e, por isso, têm direito a um montante de ajudas de custo para suportar os custos da deslocação. É para isso que servem as ajudas de custos. Foi decidido que as ajudas de custo vão ser pagas a 100%, isso significa que cada polícia deslocado em Lisboa vai receber 43,39 euros por dia”, disse aos jornalistas Magina da Silva, durante uma visita a dois imóveis adquiridos pelos Serviços Sociais da PSP para alojamento de polícias, nos Olivais.

Para a segurança e policiamento da Jornada Mundial da Juventude, a PSP vai destacar 1.800 polícias de outros comandos do país para reforçar o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis), a que se juntam 1.000 alunos das escolas da PSP.

O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública explicou que, dos 1.800 elementos, os polícias de Santarém e Setúbal, bem como os alunos da escola de polícia de Torres Novas, não vão ficar a dormir em Lisboa, deslocando-se diariamente.

Os polícias que vão pernoitar em Lisboa vão ficar alojados nos dois imóveis adquiridos pelos Serviços Sociais da PSP para alojamento de polícias nos Olivais, num outro edifício da PSP na Amadora e em instalações das Forças Armadas.

Segundo o responsável, o montante do alojamento está tabelado nos serviços sociais e, no máximo, vão pagar até cinco euros por noite.

“Como são seis noites, significa que no máximo os polícias vão pagar 30 euros”, disse, afirmando que, em relação ao alojamento disponibilizado pelas Forças Armadas, estão a ser realizadas negociações para que seja aplicada a mesma tabela dos serviços sociais, os cinco euros por dia.

Magina da Silva disse que, entre os edifícios de Lisboa, da Amadora e as instalações disponibilizadas pelas Forças Armadas, já há alojamento para todos os polícias deslocados em Lisboa.

“Como vão receber as ajudas de custo a 100%, terão de custear todas as despesas relativas ao alojamento e à alimentação”, disse, referindo que o comité organizador da JMJ disponibilizou-se para oferecer o jantar ou o almoço para aqueles que estão a trabalhar no encontro e as restantes refeições podem ser disponibilizadas pelas messes da polícia ou das Forças Armadas, em que uma refeição completa não excederá os seis euros.

O diretor da PSP sublinhou que quase 51% dos polícias que vêm reforçar o comando de Lisboa são voluntários, os restantes vão ser nomeados “por ordem de antiguidades decrescente”.

O responsável frisou ainda que a generalidade dos polícias que vêm para Lisboa se desloca com as viaturas do próprio comando e o transporte dos alunos da escola de Torres Novas será disponibilizado pelas Forças Armadas e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

O alojamento e a alimentação dos polícias deslocados durante a JMJ tem merecido várias críticas por parte dos sindicatos da PSP, que alegam que cada agente só vai receber 10 euros de ajudas de custo.

Também presente nesta visita aos dois imóveis para alojamento de polícia, o ministro da Administração Interna afirmou que “estes equipamentos vão ser úteis para a JMJ”, estando a ser alvo de “pequenas intervenções finais para que no dia 15 de julho possam albergar cerca de 200 polícias”, além do outro edifício na Amadora, que poderá alojar cerca de 100.

“A visita de hoje destina-se a avaliar os termos do investimento realizado e em curso para permitir o alojamento temporário durante a JMJ e depois daqueles que venham a necessitar das instalações e que são colocadas na área metropolitana de Lisboa”, disse.

José Luís Carneiro sublinhou ainda que o Governo “está a fazer um esforço” em tudo o que tem a ver com a mobilização dos meios necessários, nomeadamente orçamentais, financeiros e logísticos.

Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se entre 01 e 06 de agosto e são esperados cerca de 1,5 milhões de pessoas, quase três vezes a população da cidade de Lisboa, contando ainda com a presença do papa Francisco.

As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

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