Em síntese, temos um
Desde logo uma nota: poucos jogadores portugueses contratados
Dos 36 jogadores contratados apenas sete são portugueses. Um para o FC Porto, três cada para Benfica e Sporting.
Apesar de poderem recorrer às equipas B, os grandes apresentam um número reduzido de jogadores portugueses: o FC Porto com cinco, Benfica com oito e Sporting com dez.
No FC Porto a mudança foi total, sinal claro de que o foi feito a época passada não estava ao nível dos últimos anos. Paulo Fonseca teve nas mãos o plantel com menos qualidade e soluções dos últimos tempos
Lopetegui foi o homem escolhido para liderar a mudança e pelos vistos todas as suas escolhas e decisões foram aceites e seguidas pelos responsáveis do clube. Resolvidas as vendas que atingiram os 58 milhões de euros, era preciso agir. Forte investimento nas 15 contratações efectuadas. Segundo o que veio a público, custaram entre os 30 e os 34 milhões de euros.
Uma nota para os quatro empréstimos (alguns com cláusula de opção), nada habitual no FC Porto. Apesar das contratações, o maior reforço acabou por ser a continuidade de Jackson. O outro reforço veio, surpreendentemente, de dentro do clube. Ruben Neves, com os seus 17 anos, surgiu no plantel e Lopetegui colocou-o a titular nos primeiros quatro jogos da época.
Do lado do Benfica foram várias as saídas, como era esperado, e as entradas não tardaram. Segundo os dados que vieram a público, as vendas traduziram-se em cerca de 36 milhões de euros, valor que foi praticamente reinvestido (entre 30 e 34 milhões de euros). Perante um discurso de redução de custos e controlo de custos, da parte de Luís Filipe Vieira, Jorge Jesus respondeu com a falta de soluções.
O esforço foi feito, mas Jesus queria mais e o investimento fez-se
A saga do lateral esquerdo continua e desta vez foram três os contratados. Apenas dois ficaram. Os que entraram (e os que saíram) tiveram todos a sua chancela, como é normal e faz, sempre, questão de referir. Entendo que o papel de um treinador é trabalhar com os recursos existentes, potenciá-los individual e colectivamente para poderem render enquanto equipa. Neste quadro de limitações seria este o comportamento normal, mas não foi o de Jesus. O plantel parece que ainda não está fechado, sendo o avançado Jonas uma solução para o ataque. Veremos qual vai ser a gestão de Jesus e se em Janeiro irá novamente bater à porta de Luís Filipe Vieira.
O Sporting também esteve activo no mercado. Entre saídas e entradas, a resolução de contrato com a Doyen marca este defeso. Veremos de que forma será resolvido o processo Rojo, mas a entrada de Nani foi excelente para aumentar a qualidade e experiência de uma equipa jovem
Olho para as onze contratações efectuadas pelo Sporting e não vejo o acréscimo de qualidade necessário.
Já referi a situação do Esgaio, em outro artigo
Com pouca capacidade para investimentos, a serem feitos, que o fossem para acrescentar mais-valia e jogadores com entrada direta no onze. Aparentemente isso não aconteceu e as expectativas continuam lá. O Sporting luta pelo título e precisa de algo mais para fazer face aos novos desafios e dificuldades que terá pela frente.
Até à paragem do Natal serão 17 jogos para disputar. Uma nova realidade. A resposta que for dada determinará, a meu ver, muito do que será a época do Sporting.
PS: no domingo Portugal começou da pior maneira a campanha para o Europeu 2016. A derrota com a Albania trouxe à memória a fraca prestação no Mundial 2014. Faltou intensidade, agressividade e dinâmica no nosso jogo. Tínhamos a obrigação de dar mais e quando quisemos já foi tarde. O orgulho tem de estar sempre presente quando representamos a nossa selecção. Confio na competência e na liderança de Paulo Bento, mas esta é a altura para um maior compromisso entre todos. A renovação não será fácil, mas é obrigatória. A integração dos mais novos leva o seu tempo e os resultados também, mas é fundamental. Eu acredito na nossa presença em França.