Uma ideia ou duas sobre a Supertaça.
Ainda a Supertaça. O Sporting venceu, com alguma felicidade pelo golo-a-meias, mas venceu bem. Para quem ficou a remoer na palavra «felicidade» sublinhe-se: venceu bemApresentou ideias claras de jogo, novas em Alvalade, mas já com provas dadas e manteve-se fiel às mesmas, apesar das poucas semanas de trabalho e, acrescente-se, das ausências por lesão de William Carvalho e Ewerton.
Entrou melhor, mais intenso na procura na bola, mais alto na pressão e mais fluido e rápido nas saídas, e quebrou o rival numa altura em que o golo já ameaçava, logo no início da segunda parte. É verdade que o Benfica teve as suas oportunidades, mas esteve a maior parte do tempo amarrado a uma tripla sem grandes perspetivas de sucesso, como foi a formada por Fejsa, Samaris e Talisca.
Jesus tem um ego grande
O treinador do Sporting construiu o seu grupo e o triunfo no Algarve, além de reforçar a sua aura de vencedor
Embora sem que o Benfica tenha conseguido testar verdadeiramente a posição 6 do leão (Adrien), destaque para a forma como este e sobretudo João Mário cresceram para o meio-campo encarnado, com Carrillo, Bryan Ruiz, Teo e mesmo Slimani a participarem bem na vertigem que começa a nascer nas oficinas de Alcochete
Sendo obviamente apenas um jogo e ainda por cima um dérbi, que tem sempre particularidades especiais – que nos obrigam a manter a prudência –
LUÍS MATEUS é subdiretor do Maisfutebol e pode segui-lo no TWITTER. Além do espaço «Sobe e Desce», é ainda responsável pelas crónicas «Era Capaz de Viver na Bombonera» e «Não crucifiquem mais o Barbosa» e pela rubrica «Anatomia de um Jogo».