A base da equipa de Jorge Jesus dificilmente estará à disposição do novo técnico. E a varinha de condão?
Só depois das confirmações com a chancela do Benfica fiquei convencido de que Rui Vitória tinha sido o técnico eleito por Luís Filipe Vieira para encetar um novo ciclo com as cores encarnadas. Não porque algo me mova contra o técnico, bem pelo contrário – aquilo que conseguiu em quatro anos no castelo de Guimarães é digno do maior realce. Mas por me parecer, tendo em conta o passado recente de seis anos do bicampeão português, que o Benfica iria escolher um treinador mais encorpadoRui Vitória foi cauteloso, eventualmente até demasiado, na abordagem inicial com a roupagem encarnada. Não fez promessas, muito menos foi atrás do discurso do presidente, particularmente quando este disse «queremos o tri»
Acredito que Suleijmani e Benito não entrassem nas contas do novo treinador encarnado, e o mesmo se pode dizer, grosso modo, relativamente a Funes Mori, Sidnei ou Ivan Cavaleiro e até mesmo em relação ao sempre negociável (mas sempre adiado) Gaitán. O mesmo penso, também, no respeitante a Salvio, pois não fora a lesão certamente o argentino já estaria a caminho de outras paragens. Mas não creio que os sonhos do novo treinador, quando dedicados à construção do Benfica do futuro, deixassem de fora nomes como os de Maxi Pereira, Samaris, Lima e Jonas, e eventualmente Ola John.
Ou seja, tudo indica que Rui Vitória vai aproveitar muito pouco do que Jorge Jesus deixou. E terá de ser um técnico Maxi a tratar do novo Benfica, pois os tempos obrigam a que se aproveitem a maioria dos negócios. Nesse particular, Jorge Mendes é muito forte – Mendes a quem sobra tempo para ajudar a resolver alguns problemas aos portistas. Mesmo olhando-se para o número considerável de que jogadores que já são dados como certo no reino encarnado, com todo o respeito, não será com muitos desses nomes que o tri estará mais perto da Luz. A não ser que eu esteja redondamente enganado e Jesus tenha deixado a Vitória a varinha de condão
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