Pedidos de desculpas não entram em campo

4 mar, 11:13
FC Porto-Benfica (Lusa)

«DRIBLE DA VACA» - Opinião de Bruno Andrade

Bom futebol não se faz com desculpas, tampouco quando os mesmos surgem apenas para acalmar a massa. Se faz, acima de tudo, com o assimilar dos erros e a busca frenética por bons desempenhos. O recado serve para jogadores, técnicos e presidentes, tanto faz.

O Benfica não tem jogado uma bola irrisória simplesmente porque quer. É essencialmente por falta de capacidade de uma equipe técnica que não consegue gerir e extrair o melhor do plantel mais significativo de Portugal. Perder, meus amigos, não é um crime.

Um pedido de perdão de Roger Schmidt muito honestamente não vai fazer com que a equipe jogue mais ou menos, assim como também não vai diminuir as críticas e a imensa pressão por parte dos cada vez mais insatisfeitos torcedores. Seria, convenhamos, uma postura meramente protocolar.

Rui Costa, por sua vez, optou por pedir desculpas. É legítimo de se respeitar. Cada um fala o que sente na alma. A sensibilidade, inclusive, é o que faz de nós melhores seres humanos. Mas normalizar e querer padronizar tal atitude é pisar numa linha perigosa.

Técnico e presidente devem, sim, prestar contas aos torcedores e sócios. Trabalhar mais e melhor. Porém, não podem pedir sempre desculpas quando existir um descalabro. Caso contrário, acabam por se tornar reféns daqueles que geralmente pensam mais com o coração do que com a cabeça. Um risco nada calculado.

*Bruno Andrade escreve a sua opinião em Português do Brasil

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