Eustáquio: «Portugal? Existe uma geração de ouro, isso é mesmo verdade»

13 dez 2022, 16:54
Stephen Eustáquio

Médio do FC Porto considera que «toda a gente ficou um bocado desiludida» porque a seleção nacional não foi «mais longe» no Mundial 2022, destaca os três jogadores revelação da prova e ainda aponta um favorito

Stephen Eustáquio esteve presente no Mundial 2022, ao serviço do Canadá, mas também acompanhou o percurso de Portugal e reconheceu que a prestação da equipa das quinas ficou aquém das expectativas, tendo em conta a qualidade do plantel.

«Portugal tem uma das melhores seleções do mundo e toda a gente ficou um bocado desiludida por não ter ido mais longe. Toda a gente via que tinham qualidade para mais. Num Mundial, especialmente a meio do ano, as coisas mudam e a motivação tem de estar lá, no momento certo, e Marrocos merece estar na meia-final. Portugal ficou pelo caminho, mas vai aprender com estes erros e de certeza que no próximo Europeu e Mundial vai estar mais forte. Mas existe uma geração de ouro, isso é mesmo verdade. Tive o prazer de jogar com quase metade daquela seleção e isso é um facto. É só tentar tirar vantagens disso», frisou, em declarações num evento publicitário do FC Porto.

O médio portista elegeu ainda a França como a seleção com mais «capacidade» para erguer o troféu no Qatar.

«Ganhou o último Mundial, tem jogadores fenomenais e com experiência de Mundiais e Champions. Parece a equipa mais forte, mas Marrocos pode surpreender, é uma coisa curta, tudo pode acontecer, não há segunda mão. No plantel da Argentina também há muita qualidade. A experiência da Croácia, Marrocos com a vantagem de ser underdog e um país atrás deles... Está tudo em aberto», afirmou.

Eustáquio destacou também os três jogadores que mais o surpreenderam na prova.

«O número oito de Marrocos [Azzedine Ounahi], não quero pronunciar o nome, porque posso cometer uma gafe. Tem sido incrível. Atrás dele, o médio defensivo que joga na Fiorentina [Amrabat], também é muito bom jogador. Escolhia também o central do lado esquerdo da Croácia, o Gvardiol. É um torneio único. Aqui vemos que não conhecemos certos jogadores que até jogam em ligas inferiores e chegam ao Mundial com a motivação certa, surpreendem o mundo e garantem outros palcos no futuro», vincou.

Ao nível das equipas, não ficou indiferente ao percurso dos croatas.

«Marrocos surpreendeu toda a gente. Se tivesse de escolher outra, podia dizer Croácia. Toda a gente dizia que era uma seleção velha, que as fichas tinham acabado por terem sido finalistas no último Mundial, mas está tudo em aberto para chegarem a outra final. A idade é só um número, joguei contra eles e deram cabo de nós», admitiu.

Sobre a aventura no Mundial, o médio do FC Porto enalteceu a organização, considerou ter vivido «uma experiência única» e reconheceu que «cada jogo parece uma meia-final ou final da Champions». 

«Deu-me gosto estar no Mundial com aquele núcleo de jogadores, mas também de amigos. Foi inesquecível. Temos o jogo da Bélgica, número dois do mundo, e víamos nomes como, Carrasco, Witsel, Hazard, Kevin De Bruyne, autênticos craques, mas pode-se dizer que não ganhámos por azar. Sabemos que fomos melhores», frisou, tendo apontado o golo diante da Croácia como o momento que mais o marcou.

O Canadá, de Eustáquio, ficou no último lugar do grupo F, atrás do líder Marrocos, da Croácia e da Bélgica. O futebolista de 25 anos participou apenas nos dois primeiros jogos, devido a uma lesão.

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