«Portugal vai ter de praticar o seu melhor futebol para passar a Suíça»

4 dez 2022, 10:27
Tomás Ribeiro no Grasshoppers

Tomás Ribeiro, defesa do Grasshoppers, destaca que a equipa helvética «sente-se confortável a defender, é bastante compacta e tem jogadores muito experientes»

A seleção portuguesa precisa de ser «muito competente a nível mental, físico, tático e estratégico» para bater a Suíça na terça-feira, nos oitavos de final do Mundial 2022, considera Tomás Ribeiro, defesa luso que joga nos helvéticos do Grasshoppers.

«Portugal poderá esperar um jogo muito difícil, porque a Suíça tem demonstrado ser uma equipa muito competitiva e competente nos diversos momentos. Sente-se confortável a defender, é bastante compacta e tem jogadores muito experientes no miolo. Acredito que Portugal vai ter de praticar o seu melhor futebol para passar à fase seguinte», observou, em entrevista à agência Lusa. 

Portugal, que venceu o Grupo H, defronta a Suíça, segunda classificada no G, na terça-feira, às 19h00 em Lisboa, em Lusail.

«Estando o favoritismo teoricamente mais do nosso lado, é provável que Portugal possa entrar numa toada atacante e com mais bola, enquanto a Suíça tenta perceber quais os espaços que melhor poderá aproveitar. Agora, dependendo da forma como o jogo estiver a decorrer, e se Portugal não conseguir fazer o golo logo nos primeiros minutos, a Suíça também tem todas as condições para reagir e assumir as operações com bola», realçou.

O defesa, de 23 anos, lembra que a Suíça «criou muitos problemas às três seleções» do Grupo G, no qual venceu Camarões (1-0) e Sérvia (3-2) e perdeu com o pentacampeão Brasil (0-1).

 

Tomás Ribeiro reitera a «grande qualidade como coletivo» dos helvéticos, que ficaram à frente da Itália na fase de qualificação europeia e afastaram ainda a campeã mundial França nos oitavos de final do Euro 2020, caindo diante da Espanha nos quartos.

«Tem muito a ver com [a presença de] jogadores que já passaram ou que estão no topo. Eles separam muito bem os momentos de irem para cima do adversário e de estarem um pouco mais expectantes. No jogo de sexta-feira com a Sérvia, a Suíça mostrou-se muito tranquila a defender, mas, quando teve de reagir e dar a volta ao resultado, fê-lo com a maior naturalidade. A equipa está à vontade para assumir um ou outro papel», destacou.

O avançado Breel Embolo, considera Tomás Ribeiro, «tem feito um belíssimo Mundial e cria problemas às defesas contrárias», sobressaindo com dois golos numa seleção «recheada de jogadores de imensa experiência e nome».

«Portugal terá de iniciar muito bem, sabendo que uma entrada muito boa em campo às vezes pode definir o curso da partida. Acho que estes jogos recentes vão dar apenas alguns parâmetros para que as duas equipas se estudem melhor uma à outra», anotou.

A seleção lusa perdeu na última jornada da fase de grupos, diante da Coreia do Sul (2-1), enquanto a Suíça precisou de ‘virar’ de 1-2 para 3-2, depois de ter inaugurado o marcador, para derrotar a Sérvia.

«Claro que a Suíça terá um acréscimo de moral pela positiva por ter passado desta forma contra uma equipa muito boa da Sérvia. Agora, não diria isso de todo para Portugal, que perdeu um jogo quando já estava apurado. Aquilo que a Suíça alcançou tem de servir de alerta para Portugal, mas também de gasolina e motivação para o próximo jogo», vincou.

Apesar dos erros defensivos cometidos pela equipa das quinas ao longo da primeira fase, Tomás Ribeiro depositou «confiança a 100% nos jogadores».

«Portugal tem de exibir uma equipa muito focada, com caudal ofensivo e mais confiança nas transições defensivas, à procura de querer mandar e mostrar quem realmente é. Só assim é que os jogadores se vão sentir confortáveis. Como representam clubes ao mais alto nível, estão mais do que habituados à pressão e a praticar bom futebol», acrescentou.

O central acredita ainda que a seleção portuguesa poderá conquistar o Mundial.

«Se houver essa enorme felicidade de ganharmos o Mundial, não será por surpresa nem por acaso. Há algum trabalho feito ao longo dos anos e só será surpresa para quem não está atento. O favoritismo demonstra-se dentro de campo, mas acho que podemos fazer uma graça e chegar muito longe e somos um dos maiores candidatos à vitória», rematou.

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