Miguel Oliveira: «Não me considero especialista nem rezo para que chova»

13 out 2022, 17:12
Miguel Oliveira (EPA/DIEGO AZUBEL)

Piloto português desvalorizou os últimos desempenhos em pista molhada na antevisão ao GP da Austrália

As duas vitórias da temporada de Miguel Oliveira, no GP da Indonésia e na Tailândia, aconteceram com a pista molhada, mas o piloto português não crê que tenha muita vantagem em relação aos restantes nestas condições.

«Não peço e rezo que chova a todo o momento. Este desporto é 95% desempenho do piloto, não desempenho à chuva. Mas é evidente que, se chover, vou aproveitar todas as vantagens que tenho. Para ser honesto, não acho que tenha essa enorme vantagem em conduzir com chuva», disse o piloto natural de Almada, na conferência de imprensa de antevisão ao Grande Prémio da Austrália de MotoGP, a 19.ª prova da temporada.

«Acredito ser bastante rápido a pular para a moto e sentir-me bem com o piso molhado. Se analisar a corrida, é esta a minha única vantagem, a fase inicial. Depois, sou rápido nas situações normais da corrida, na consistência e na velocidade. Mas a posição inicial com chuva é muito importante, não podes ficar muito atrás dos outros pilotos. Temos ainda a pressão dos pneus, o atacar nos momentos errados... Não me considero um especialista com chuva. Aliás, já fiz algumas corridas com chuva e só ganhei duas delas. Não rezo para que chova», acrescentou.

Miguel Oliveira considera que o traçado australiano de Phillip Island é «um circuito especial devido ao tempo um pouco frio», o que dificulta o entendimento da corrida.

«É um desafio entender o quanto podemos ser rápidos nas sessões», admitiu, sublinhando que é «muito complicado encontrar o ritmo nas voltas mais rápidas».

«Não espero encontrar diferenças extremas ou dificuldades extras que normalmente encontramos em todas as provas», realçou o piloto luso, que já teve sucesso neste circuito, noutras categorias.

«Mas o MotoGP é completamente diferente e espero adaptar-me rápido. É um circuito onde não se trava muito, é super rápido e onde se deve travar levemente. É preciso encontrar o ritmo e, em certas partes, tem de ser agressivo mas de uma forma agradável», observou.

Miguel Oliveira chega à antepenúltima corrida da temporada no oitavo lugar do campeonato, com 131 pontos, a 88 do líder, o francês Fabio Quartararo (Yamaha).

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