Atletismo: campeonatos da Europa em Paris cancelados

24 abr 2020, 00:12
Mundial de Atletismo

Na base da decisão está a pandemia da covid-19. Prova estava agendada entre 25 a 30 de agosto

Os campeonatos da Europa de atletismo, previstos para de 25 a 30 de agosto, em Paris, França, foram cancelados. A organização constatou que a pandemia da covid-19 tornou inevitável a decisão.

Após o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, de 2020 para 2021, o atletismo fica privado do segundo grande evento do ano e um calendário internacional praticamente vazio. Todas as provas intercontinentais já tinham sofrido alterações, para lá do final de junho.

A decisão de anulação foi tomada em reunião do comité executivo do comité organizador, após videoconferência com a Federação Francesa de Atletismo (FFA), os ministérios do Desporto e Interior e delegação interministerial para os grandes eventos.

«Tentámos tudo, mesmo», explicou o presidente do comité organizador, Jean Gracia, acrescentando que todos esperavam que «a situação pudesse melhorar rapidamente, mas infelizmente não é o caso». «Pedimos à comissão médica da federação que avaliasse as medidas a tomar para poder organizar o evento. Estudámos todas as possibilidades, incluindo diminuir o número de provas e reduzir para metade o total de espetadores», detalhou.

O presidente da FPA, André Giraud, constatou que a avaliação de riscos apresentada pelos serviços do Estado foi decisiva para o cancelamento, que representa um duro golpe no plano financeiro. Mais de metade da lotação do estádio Charléty de Paris já estava vendida e a FPA esperava conseguir um equilíbrio entre as receitas e os gastos orçamentados de 17 milhões de euros.

Cerca de 1.400 atletas eram esperados nestes Europeus, incluindo uma delegação portuguesa encabeçada por Nelson Évora, o campeão em título de triplo salto.

O arranque da época internacional está, de momento, adiada para julho. Oito das nove primeiras etapas da Liga Diamante - que devia ter começado em 17 de abril, em Doha - foram adiadas e só Oslo mantém a prova, para 11 de junho, mas com um programa profundamente reduzido e sem público nas bancadas.

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