Sara Moreira, Dulce Félix e Jéssica Augusto, por exemplo, não vão estar em Hyères
Portugal vai competir nos Europeus de corta-mato, domingo, em Hyères (França), sem nenhum dos principais fundistas nacionais, o que afasta quase por completo a expetativa de medalhas e mesmo de boas classificações.A falta de primeiros planos é especialmente notória no setor feminino, dadas as ausências de Sara Moreira, Dulce Félix e Jéssica Augusto, que em condições normais colocariam Portugal como candidato ao título.
Assim, a principal figura lusa deverá ser Salomé Rocha, a fundista do Benfica que demonstrou estar em boa forma nos crosses já efetuados esta época e que há um ano foi décima nos Europeus, em Samokov, Bulgária.
Torna-se assim claro que continua o desinvestimento de Portugal nesta competição, já que haverá seis corridas (seniores, sub-23 e juniores, masculinos e femininos) mas em só três se apresenta equipa (mínimo de quatro atletas): seniores femininos e sub-23 masculinos e femininos.
O grupo de 18 atletas portugueses na linha da partida este ano é o segundo mais pequeno de sempre (pior só no ano passado) e a aposta em três equipas em seis possíveis é também a segunda mais reduzida (duas equipas em Samokov 2014).
Um contraste radical com um historial riquíssimo: Portugal já atingiu o pódio 55 vezes nas 21 edições realizadas, sendo o quarto país com maior número de medalhas no conjunto de todos os escalões.
Salomé Rocha, que foi sétima sub-23 em 2012 e, depois, 9.ª e 10.ª sénior nas duas últimas edições, pode aspirar a novo lugar no top10, melhorando até as suas últimas classificações, mas dificilmente se aproximará muito do pódio.
