É a primeira entrevista da anterior primeira-dama desde que deixou a Casa Branca. Onde pode querer voltar.
Na primeira entrevista de Melania Trump desde que deixou a Casa Branca, a ex-primeira-dama deu a entender que há uma hipótese de lá morar de novo, já que o ex-presidente Donald Trump indicia uma tentativa de reeleição em 2024.
"Acho que conquistámos muito em quatro anos de administração Trump", disse Melania Trump à Fox, numa entrevista que foi para ar este domingo de manhã, acrescentando: "Nunca digas nunca", quando questionada sobre se poderia morar de novo na Casa Branca se o marido concorrer a uma reeleição.
Durante a entrevista, Trump debateu o que chamou de "projetos NFT". A ex-primeira-dama projetou e colocou à venda no seu site pessoal vários tokens não fungíveis, que são colecionáveis digitais autenticados através de tecnologia blockchain, que muitas vezes são obras de arte digital. Todos os itens que Trump está a vender só podem ser comprados usando criptomoedas, e o primeiro lote de artigos colocados à venda no início deste ano não atingiram o limite mínimo desejado de 250 mil dólares (240 mil euros) para um lance inicial.
O NFT mais recente, intitulado "The MetaRose", é uma rosa azul que se torna animada. Normalmente, a maioria das primeiras-damas modernas estabelece fundações ou organizações - geralmente sem fins lucrativos - que promovem as iniciativas que começaram durante os seus mandatos na Casa Branca. Trump disse novamente durante a entrevista que "alguns dos rendimentos" da venda dos NFTs - que estão cotados a 150 dólares cada - irão para apoiar crianças adotivas.
A CNN procurou várias vezes obter clareza sobre quão grande é parte das vendas que será ou foi dedicada a empreendimentos de caridade, e para que instituições de caridade se dirigiram, e não recebeu resposta. Trump nunca declarou publicamente quanto dinheiro embolsou com a venda desses itens digitais, que vende desde o final do ano passado.
Trump discutiu o facto de não ter aparecido na capa da revista Vogue durante o seu tempo na Casa Branca, uma tradição de décadas que foi retomada no ano passado quando a revista colocou a primeira-dama Jill Biden na sua capa.
"Eles são tendenciosos e têm gostos e não gostos, e isso é tão óbvio", afirmou sobre por que razão a revista de moda nunca se concentrou nela como noutras primeiras-damas.
Trump também avaliou o estado dos EUA com o presidente Joe Biden, dizendo: "Acho triste ver o que está a acontecer, se se analisar em profundidade".
"Acho que muitas pessoas estão a lutar e a sofrer, e o que está a acontecer à volta do mundo também. É muito triste ver, espero que mude rapidamente", disse Trump.