Agente que baleou adepto do V. Guimarães estava à paisana

18 abr 2001, 20:02

Mário Branco deve ter alta nos próximos dias A polícia de Guimarães esclareceu nesta quarta-feira que o agente que baleou Mário Branco após o jogo Vitória-Boavista estava à paisana e era da esquadra da cidade. O sócio vimaranense está entretanto a recuperar bem e deve ter alta nos próximos dias, mas mantém a intenção de apresentar queixa e levar o caso até às últimas consequências.

O sócio do V. Guimarães baleado por um agente de autoridade após o jogo com o Boavista continua hospitalizado, mas a sua situação não inspira cuidados de maior, devendo regressar a casa nos próximos dias. Entretanto, o sub-comissário da esquadra de Guimarães, João Pinheiro, comentou para o Maisfutebol alguns pontos importantes dos acontecimentos da noite de segunda-feira.  

João Pinheiro garante que o agente naquele momento «estava à paisana», ao contrário do que tinha sido afirmado na véspera pela PSP de Braga, mas «enquadrado com outros elementos fardados». E não tem dúvidas: «Pertence à esquadra de Guimarães».  

João Pinheiro, referiu ainda que, «na altura, o agente usou uma arma de manutenção da ordem», acrescentando que «não deverá resultar à priori, nada de anormal para o agente, pelo inquérito interno de averiguações». «O processo disciplinar irá depender da hierarquia», afirma.  

O sub-comissário, garantiu ainda «Mário Branco poderá apresentar queixa em qualquer altura, ou através do Ministério Público», e garante que «não teve conhecimento» de o jovem baleado na altura não ter podido fazer a denúncia da ocorrência.  

Nesta quarta-feira, Mário Branco disse ao MaisFutebol que ainda sente «dores», não se conseguindo manter de pé. Algo combalido, insistiu que «não vai deixar de apresentar queixa contra o agente», nem vai «desistir de lutar até ao fim». 

O adepto ferido garante que «já na altura quis apresentar queixa para não haver fugas» e chama a atenção para o ministro da Administração Interna: «O senhor ministro devia estar atento a esta situação vergonhosa». 

Mário Branco deverá ter alta depois de cumpridas todas as medidas de «precaução», sustentou um dos responsáveis clínicos do hospital.

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