PSD requer nova documentação sobre contratos que envolvem Marco Capitão Ferreira

Agência Lusa , AM
20 jul 2023, 22:47
Marco Capitão Ferreira (Horacio Villalobos/Corbis via Getty Image)

Capitão Ferreira é suspeito dos crimes de corrupção e participação económica em negócio

O Grupo Parlamentar do PSD requereu ao parlamento o envio de nova documentação sobre a relação contratual entre a Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional e o ex-governante Marco Capitão Ferreira, arguido na operação Tempestade Perfeita.

O requerimento foi entregue no contexto da audição conjunta, no parlamento, da ministra da Defesa, Helena Carreiras, e o anterior titular da pasta, João Gomes Cravinho, marcada para sexta-feira, sobre este caso, em que Capitão Ferreira é suspeito dos crimes de corrupção e participação económica em negócio.

De acordo com o requerimento, a que a Lusa teve acesso, o pedido é feito na sequência da análise dos documentos enviados à Comissão de Defesa Nacional pelo Ministério da Defesa Nacional na segunda-feira no âmbito do contrato de assessoria assinado entre a Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional DGRDN) e Marco Capitão Ferreira em 25 de março de 2019.

O PSD pede o envio, entre outros documentos, da "adenda contratual que permitiu a extensão do contrato com a empresa Leonardo MW LTD. para a manutenção dos helicópteros EH-101 até 31 de março de 2019", um memorando de entendimento assinado entre a DGRDN e a Leonardo MW LTD em 25 de janeiro de 2019, e dois despachos do então ministro da Defesa Nacional.

Segundo a agenda do parlamento, a audição conjunta foi marcada para as 15:00 da próxima sexta-feira.

O ex-secretário de Estado da Defesa Marco Capitão Ferreira tinha cancelado uma audição parlamentar invocando a sua condição de arguido, que foi conhecida após a sua demissão do Governo, no dia 07 de julho.

Nessa sexta-feira, o ministério da Defesa Nacional confirmou a presença das autoridades "nas suas instalações, na Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional, no âmbito de averiguações a atos praticados entre 2018 e 2021".

A operação da PJ, levada a cabo pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) acompanhada pelo Ministério Público (MP), foi adiantada primeiro pelo próprio Ministério da Defesa Nacional (MDN).

Entre os "factos vindos a público" sobre os quais os deputados querem esclarecimentos da ministra da Defesa e do ex-titular da pasta, atual ministro dos Negócios Estrangeiros, estão notícias do Expresso que revelam que Marco Capitão Ferreira realizou um contrato de assessoria em 2019 com a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, sem, alegamente, ter prestado o serviço.

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